
BES/GES. Mais de 2.000 lesados exigem indemnizações em tribunal
A resolução do BES provocou perdas em acionistas e detentores de dívida, desde pequenos investidores a grandes fundos de investimentos (como Blackrock e Pimco).
A resolução do BES provocou perdas em acionistas e detentores de dívida, desde pequenos investidores a grandes fundos de investimentos (como Blackrock e Pimco).
Em causa estão sete processos, que já deram origem a despachos de acusação, que imputam mais 630 crimes aos arguidos.
O ex-banqueiro foi pronunciado por corrupção ativa relacionada com ex-responsáveis do Banco do Brasil.
Pinho representa a doença que ninguém quer discutir. Por isso o PS, o PSD e o CDS permanecem silenciosos, há décadas, sobre os grandes escândalos que se abateram sobre alguns dos seus barões, alguns dos seus líderes, alguns dos seus atávicos mecanismos de financiamento partidário.
Ricardo Salgado e outros 18 arguidos vão responder por centenas de crimes.
A defesa do antigo ministro da Economia entregou um pedido de habeas corpus para libertação imediata, mas o Supremo Tribunal rejeitou-o.
O Supremo Tribunal de Justiça vai decidir se o antigo ministro da Economia continua em prisão domiciliária no âmbito do caso EDP.
Ministério Público quebrou os segredos de dezenas de offshores, de testas de ferro e até de nomes de código como “Mr. Z”, “Grande” e “Barril”. E descobriu 19 altos responsáveis venezuelanos a quem o BES/GES terá pago luvas de quase 150 milhões de euros.
Ricardo Salgado foi condenado a seis anos de prisão. O tribunal deu como provado que o ex-banqueiro se aboletou com 10,7 milhões, no sentido em que os usou como se fossem seus.
Cliente com 70 anos vive com uma pensão de 200 euros e perdeu todas as economias no valor de 130 mil euros.
Ex-ministro deu entrevista ao Expresso a partir da casa onde se encontra em prisão domiciliária. Reafirma ter perdido com a ida para o Governo.
A tese do Ministério Público é que Salgado prometeu o pagamento de avença ou a continuidade da mulher Alexandra como curadora nesses dias de março de 2005, quando já era certo que seria ministro da Economia. Foi também aí que criou a Tartaruga Foundation no Panamá.
Manuel Pinho não quis falar ao Ministério Público sobre a avença de 15 mil euros/mês do Grupo Espírito Santo que terá recebido enquanto ministro de José Sócrates através da offshore “Tartaruga Foundation”, criada dias antes de tomar posse.
O antigo ministro da Economia não chegou, que se saiba, ao ponto de Rodrigo Rato, o ministro do PP espanhol que montou uma máquina de roubar o erário público espanhol. Pinho limitou-se a receber uma avença do amigo e patrão Ricardo Salgado. E mais uns agradecimentos em espécie da EDP pelas rendas que o seu Ministério lhe deu.
Não tenhamos ilusões: Berardo não é apenas o clown do sistema. Ele é o próprio sistema, que tremeu um bocado em 2014, com o fim do GES/BES e a prisão de Sócrates, mas sobrevive agarrado ao velho amiguismo do poder.
Para defender os seus interesses, Salgado e os seus cúmplices forjaram o assalto ao BCP, depois à Caixa Geral de Depósitos e mantiveram sempre a mão na PT, na EDP e noutros gigantes da economia nacional.