
Bancos controlados por capital estrangeiro são 60% do sistema bancário português
Entre essas instituições, destacam-se BCP, Santander Totta, Novo Banco, BPI mas também Bankinter ou Abanca.
Entre essas instituições, destacam-se BCP, Santander Totta, Novo Banco, BPI mas também Bankinter ou Abanca.
Esta é uma história de egos enormes e uma soma de denúncias; da Odebrecht e do dossiê Isabel dos Santos; de Mexia, Pinho e do enigmático Príncipe; dos milhões a devolver ou talvez não; dos clamores públicos e das perseguições; do telemóvel da discórdia e o parecer do interessado Germano. E ainda dos desembargadores chateados e dos documentos sigilosos; das alfinetadas matreiras e, afinal, para que serve o Conselho Superior da Magistratura.
Sarju Raikundalia foi diretor financeiro da Sonangol quando Isabel dos Santos liderava a empresa angolana. Em 2022, foi ouvido em segredo no Porto por investigadores holandeses que acabaram por acusar a filha do antigo Presidente de Angola, e o próprio Raikundalia, de práticas de má gestão numa empresa controlada nos Países Baixos.
Segundo o despacho, os arguidos causaram ao Estado angolano um prejuízo superior a 208 milhões de dólares (190 milhões de euros).
A PJ investiga alegado desvio de 8 milhões na AUGI de Pinheiro Ramudo em Palmela. Há três arguidos suspeitos do crime de abuso de confiança agravado.
Qual foi o papel do Eurobic nos chamados processos angolanos? É isto que está a ser investigado em Angola e Portugal e as recentes buscas visam apurar o que aconteceu no caso dos pagamentos milionários de consultorias.
É em dezenas de acórdãos do Tribunal da Relação de Lisboa, e documentos do Ministério Público, que consta tudo o que aconteceu nos casos da carta rogatória, dos três arrestos de bens e em vários processos autónomos que visam a empresária. Os advogados usaram sem sucesso todos os meios legais para quebrar o sigilo das investigações.
Montepio, Novo Banco, BCP, CGD e BPI terão colocado €140 milhões nas mãos de offshores. Os bancos reclamaram depois as ações da empresa e o Ministério Público e o juiz acusaram-nos de conluios e de fechar os olhos aos perigos associados aos créditos.
Uma queixa e um relatório revelam os canais, os momentos e a forma como Isabel dos Santos se terá apropriado de muitos milhões de euros do Estado angolano.
A diligência conta com a presença do juiz Carlos Alexandre para validação imediata da apreensão de documentação.
Segundo a empresária o livro do antigo governador do Banco de Portugal Carlos Costa tem "uma inverdade".
Um banco estatal alemão foi condenado por fazer negócios com Isabel dos Santos. Em Portugal, bancos, magistrados e reguladores devem ter-se escangalhado a rir.
A corrupção do Afeganistão não é "o problema do costume" dos países em desenvolvimento, nem simplesmente uma "questão de cultura" por parte de um povo que o Ocidente gosta, de forma condescendente, de apelidar de ingovernável.
A reitoria, liderada por Maria de Lurdes Rodrigues, é acusada de forçar a alteração da ata de uma prova de mestrado, na qual uma professora alegou que um membro do júri tinha conflito de interesses.
Protesto ocorreu enquanto o presidente da autarquia entregava as chaves da cidade aos líderes europeus.
O braço de ferro durou anos. Houve pressões, jogos de bastidores e muito dinheiro envolvido. Os milhões de Angola colocados na banca nunca tiveram uma origem bem definida: eram do Estado e de figuras poderosas do regime liderado por José Eduardo dos Santos. Estas são as histórias dos esquemas cruzados, offshores, lavagem de dinheiro e relações perigosas.