O coiso e a coisa ruim
Raul Proença denunciaria o golpe de 28 de Maio como «um verdadeiro acto de alta traição» no panfleto «A Ditadura Militar. História e Análise de um Crime».
Raul Proença denunciaria o golpe de 28 de Maio como «um verdadeiro acto de alta traição» no panfleto «A Ditadura Militar. História e Análise de um Crime».
Nestes dias nem sequer valem hambúrgueres ou torresmos aos críticos de Ventura que não o consigam enfrentar com obra feita, seriedade e integridade.
Já não é suficiente mudar os nomes às coisas, antes havendo que banir (cancelar) tudo o que não segue e todos e todas os que não obedecem aos rígidos e puritanos critérios do pensamento woke.
Por maioria de razão, a mentira impera na política como manobra de sedução, mobilização e intimidação. Importa, aliás, que seja grandiloquente no seu exagero e repetida insistentemente.
Simenon chega a Batumi vê órfãos famintos e ao abandono, rações de miséria, gente que espia num canto e mercadeja noutro, para num bar reservado a estrangeiros com divisas fortes deparar com um cônsul turco que desespera por sair dali num barco qualquer.
«Já encontraste alguma coisa de muito terrível, de muito criminoso, de insensato, em que os intelectuais não pensassem e de que não quisessem servir-se para renovar o mundo?»
Psicóloga garantiu que vai lutar "pela paz, justiça, liberdades, verdades, trabalhadores, mães e avós de Portugal, contra esta casta política corrupta, contra este desvario e sempre pela justiça".
O espanto ante o trumpismo 2025 é coisa de gente incauta e pouco perspicaz.
A escolha de Mariana Leitão para Belém é uma boa oportunidade para que os portugueses conheçam melhor uma das mais talentosas deputadas da sua geração. Se a dra. Leitão levar para a campanha a tenacidade que exibe noutros palcos, temo pelo miocárdio dos machos mais ancestrais.
Só «os grandes estados de alma colectivos têm o poder de transformar uma má percepção em lenda.»
No caso de Trump é ténue a fronteira entre a incontinência verbal fruto de obtusidade, arrogância e desvario mental e a provocação politicamente motivada.
Somos um povo bárbaro e puro, e é uma grande responsabilidade encontrar-se alguém à cabeça de um povo assim.
Estão eufóricos com o Nobel da Paz que Guterres pode receber se a Academia sueca tiver ido lanchar whiskey a uma taberna na Escócia.
Na peça de teatro em curso em Washington, há um rei futuro desistente e muitos candidatos à sucessão. E uma ungida. As dúvidas nascem como cogumelos. E também as grandes conspirações. Chamem-lhe “sonhos”.
António Costa não precisa nem merece um frentismo bolorento como o do manifesto dos 50 que, aliás, faz uma comparação indigente entre a queda do seu governo e o de Miguel Albuquerque. Se queriam debater o MP a sério teria sido mais inteligente não misturar alhos com bugalhos.
Os resultados eleitorais nos Países Baixos não são a pior notícia da semana, tanto mais que não é seguro que o partido que obteve mais votos e elegeu mais deputados venha a conseguir fazer parte do governo, muito menos chefiá-lo.