
MP tem até novembro para terminar investigação à barragem do Baixo Sabor e ao misterioso "Príncipe"
Os procuradores encarregues de investigar o alegado caso de corrupção por trás da construção da barragem conseguiram uma prorrogação de 120 dias.
Os procuradores encarregues de investigar o alegado caso de corrupção por trás da construção da barragem conseguiram uma prorrogação de 120 dias.
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal no caso Lava Jato ameaça destruir o que resta da investigação às suspeitas de crimes na adjudicação e construção da Barragem do Baixo Sabor. Um juiz daquele tribunal brasileiro decidiu que são nulos os dados da empresa Odebrecht - documentos bancários, emails e testemunhos de delatores - que o Ministério Público está a usar para tentar descobrir quem é o “Príncipe”.
A Odebrecht Portugal já está a pagar a prestações cerca de €5 milhões para não ser acusada de fraude fiscal e lavagem de dinheiro no caso Monte Branco. O Ministério Público aceitou que as transferências internacionais, se destinaram apenas a pagar por fora a funcionários da empresa. Mas parte desse dinheiro estava a ser usado no caso CMEC/EDP, para fundamentar pagamentos corruptos na adjudicação e construção da barragem do Baixo Sabor. Uma investigação que visa muitos milhões de euros enviados através de offshores e destinados também ao enigmático “Príncipe”.
...e ainda um antigo dono da Vista Alegre, um sócio do grupo Vila Galé e o filho do construtor José Guilherme. Todos tinham milhões na Suíça.
Dois milhões de euros, pagos por Ricardo Salgado a José Sócrates, passaram pela loja de Zé das Medalhas. O esquema foi identificado no Monte Branco. Até à próxima sexta-feira, dia da decisão do juiz Ivo Rosa, a SÁBADO vai publicar vários textos que retratam o essencial da acusação e das defesas dos arguidos.
O braço de ferro durou anos. Houve pressões, jogos de bastidores e muito dinheiro envolvido. Os milhões de Angola colocados na banca nunca tiveram uma origem bem definida: eram do Estado e de figuras poderosas do regime liderado por José Eduardo dos Santos. Estas são as histórias dos esquemas cruzados, offshores, lavagem de dinheiro e relações perigosas.
Investigadores estabeleceram a ligação entre um dos arguidos, Ricardo Arcos Castro, e a Finpartner, que partilhava a morada com o escritório de advogados Caiado Guerreiro. Candidato presidencial começou como consultor no escritório de advogados e transitou para a consultora fiscal, onde esteve até junho de 2020.
Banco participado pela empresária angolana Isabel dos Santos e que está a ser inspecionado pelo banco central cabo-verdiano apresentou lucros de mais de cinco milhões de euros em 2018.
O processo “Monte Branco” guarda escutas de Ricardo Salgado, Miguel Sousa Tavares, Miguel Relvas, entre outros.
Durante vários meses, os inspectores da Autoridade Tributária e o procurador Rosário Teixeira escutaram os gestores do banco BIC a negociar com o governo de Passos Coelho a compra do banco nacionalizado em 2008
Muitos dos visados vão livrar-se do caso com pagamento voluntário de impostos em falta.
O primo encarregava-se dessa missão. Dinheiro passava por Cabo Verde em trânsito para Portugal. Investigação detectou 2 milhões de euros transaccionados na Rua do Ouro
Ricardo Salgado não conseguiu que o BCP o ajudasse a tratar da caução para ficar em liberdade. E filho do construtor José Guilherme entregou malas de dinheiro a Francisco Canas
As autoridades encontraram milhões de euros em offshores e suspeitaram que os irmãos Pinto de Sousa eram testas-de-ferro de José Sócrates e de Hélder Bataglia. Os relatórios das Finanças contam tudo
Francisco Canas, também conhecido por "Zé das Medalhas", faleceu esta quinta-feira. Saiba o que disse o principal arguido do caso Monte Branco durante os interrogatórios ao esquema de fraude fiscal
Francisco Canas, suspeito de ajudar a fazer sair do país malas clandestinas de dinheiro rumo à Suíça, morreu, segundo a SIC e a TVI. O processo continua em investigação.