O comunicado realça a falta de provas que atestem "efeitos adversos da amamentação continuada durante a infância" e insta o Ministério da Saúde e a Direção-Geral da Saúde a tomarem "uma posição clara e inequívoca em defesa das pessoas que amamentam".
A polémica em torno do assunto surgiu após afirmações da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que disse haver trabalhadoras que usavam de forma abusiva a licença de amamentação.
A lei define que a "mãe que amamenta o filho tem direito a dispensa de trabalho para o efeito, durante o tempo que durar a amamentação", mas a ACT confirmou que algumas empresas não cumpriram esta regra.
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Depois de ter falado dos "abusos", Maria do Rosário Ramalho tem evitado responder às questões sobre o número de casos, até porque, tal com Marta Esteves explicou à SÁBADO, provavelmente é impossível.
Maria do Rosário Ramalho disse numa entrevista que havia mães que amamentam até à entrada dos filhos na escola primária só para terem um horário de trabalho reduzido. À SÁBADO, uma associação diz que é normal haver este tipo de casos, embora não seja "tão comum".
Os socialistas, numa pergunta enviada através do parlamento, querem que a ministra Maria do Rosário Palma Ramalho explique "que casos são estes e onde é que eles estão" e pretendem ainda saber se a Autoridade para as Condições do Trabalho ou a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego "têm alguns elementos que possam provar" estas afirmações.
"Neste momento, estamos a assistir a um retrocesso. Estamos a legislar como se o tempo fosse apenas uma questão de produtividade e a esquecer que a infância não é recuperável", alerta Deolinda Almeida, da direção do Colégio de Medicina Geral e Familiar.
Companhia aérea TUI esclareceu que, apesar de não existirem restrições oficiais, a amamentação "não é recomendada porque pode deixar outras pessoas desconfortáveis".
Dúvidas sobre carrinhos para recém-nascidos, amamentação ou o que é preciso ter em casa para a chegada de um bebé são algumas das tarefas destas especialistas. A nova profissão, criada para apoiar os futuros pais, não para de crescer.
O sociólogo acompanha os partos e faz aconselhamento sobre a gravidez, amamentação e sexualidade.
Cobravam a promessa republicana de igualdade, escreviam livros infantis, distribuíam panfletos a favor da amamentação – e cuidavam da imagem.
Dar de mamar não é instintivo e pode ser traumático quando corre mal. Enfermeiras peritas explicam as dificuldades e como ultrapassá-las
Em causa está, sobretudo, a separação de mães com Covid-19 dos seus bebés e o aleitamento materno - até aqui desaconselhado em Portugal, mas recomendado pela Organização Mundial de Saúde
Sindicato refere em carta ao Governo que "em várias instituições há pressões para que os enfermeiros deixem de exercer os direitos de parentalidade, nomeadamente na amamentação".
Israel Macedo diz que as próprias empresas deveriam estimular as trabalhadoras que foram mães e dar condições para que possam extrair o leite no local de trabalho.
