O barco da organização SOS Medirerranée vai atracar este sábado no porto de Trapani, localizado no extremo sul da Sicília, com 114 migrantes a bordo, após nove dias de espera.
Navio para resgatar migrantes já está na zona e resgatou 89 pessoas na quinta-feira.
A embarcação, operada pelas organizações Médicos Sem Fronteiras e SOS Mediterranée, resgatou migrantes a bordo de um barco insuflável a 34 milhas marítimas da costa da Líbia.
A par do inquérito por auxílio à imigração ilegal, a jovem capitã alemã será também ouvida pela alegada violação do código internacional de navegação marítima.
A capitã do navio Sea Watch 3 afirmou que se hoje se visse na mesma situação de há duas semanas, em que teve de desrespeitar as ordens do governo, o faria outra vez.
39 menores estão a bordo da embarcação. "Não queríamos arriscar", explicou o diretor da missão do barco Alan Kurdi.
A tripulação do barco recusou uma oferta da guarda costeira líbia para atracar no porto de Sawija, por considerar que a Líbia não é um "local seguro".
Carola Rackette, que atracou o navio humanitário com migrantes em Itália sem autorização, afirma que "não foi fácil fazer um inventário de todos os insultos feitos por Salvini nas últimas semanas".
Carola Rackette foi detida depois de ter atracado o navio humanitário, sem autorização, na ilha italiana de Lampedusa - o que lhe pode valer uma pena de prisão entre dois a dez anos.
"Qualquer coisa que não leve à sua libertação será considerado causa de grande irritação", avisa ministro alemão sobre a capitã do navio humanitário que desafiou Salvini para salvar 42 migrantes.
Carola Rackete foi detida no sábado depois de ter desafiado a "política de portos fechados" imposta pelo ministro do Interior italiano, Matteo Salvini.
Portugal disponibizou-se para receber cinco migrantes do grupo de 40 que estavam a bordo do navio Sea Watch, que aportou esta sexta-feira em Itália sem autorização.
Carola Rackete entrou em águas territoriais italianas sem autorização e foi detida em Lampedusa. Salvou a vida de 40 migrantes mas agora arrisca uma pena de prisão até 10 anos.
Tem 31 anos, é alemã e capitã do navio da organização não-governamental Sea Watch. Foi contra as ordens do ministro do Interior italiano porque sentiu “uma obrigação moral” de ajudar aqueles que não tiveram as mesmas oportunidades que ela.
As 42 estavam retidas a bordo do Sea Watch 3 há 14 dias.
A procuradoria da Catânia considerou que a ONG não cometeu qualquer crime ao resgatar 47 migrantes ao largo da costa líbia e desembarcá-los em Itália.
