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Todos alertam para riscos nas contas, mas o Governo continua a gastar. Como?

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 01 de julho de 2025 às 23:00

Crescimento da receita e mil milhões em almofadas no Orçamento acomodam descida do IRS, subida dos gastos da Defesa - e, potencialmente, mais um bónus dos pensionistas. Em 2026 será mais difícil.

No início do mês passado, o Banco de Portugal divulgou uma previsão de um ligeiro défice orçamental já este ano e de outro défice, de maior dimensão, no próximo. Mário Centeno, o governador, não moeu as palavras, sublinhando um "motivo de preocupação" e um "risco de incumprimento das regras europeias". O BdP é a instituição mais pessimista sobre o andamento das contas, e da economia, mas não está isolado nos alertas. Três dias antes, a OCDE, um think tank de economias desenvolvidas, publicou a sua previsão de um excedente mínimo este ano e de um regresso aos défices em 2026, algo que a Comissão Europeia já fizeram em maio e que também o Conselho das Finanças Públicas apontara em abril. O Ministério das Finanças e o novo Governo, contudo, não estão no mesmo diapasão, pelo menos publicamente – e, já para este ano, preparam medidas que podem custar perto de dois mil milhões de euros brutos.

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