A questão surgiu depois do voto de pesar pela morte de Marcelino da Mata e da sugestão de que o Padrão dos Descobrimentos deveria ter sido destruído. Agora a polémica centra-se nas pinturas do Salão Nobre da AR.
Tirar ou manter os quadros "racistas" do Parlamento? A polémica está instalada
A história deve ser celebrada, esquecida, ou olhada de forma equidestante? Interpretada aos padrões atuais ou enquadrada no seu período histórico? A guerra cultural sobre o passado dos povos tem vindo a ganhar cada vez mais voz nas praças públicas pelo mundo fora e Portugal não é excepção. Agora a questão prende-se com as representações de momentos da história portuguesa e a forma como estão representados os povos colonizados.
Inês Sousa Real, deputada do PAN, propôs que se discutisse a retirada de vários frescos do Salão Nobre da Assembleia da República - "onde têm lugar as receções oficiais" - já que estes quadros "em nada espelham os valores da atualidade", depois de Ascenso Simões, deputado socialista, ter defendido, num texto publicado no jornal Público e intitulado "O salazarismo não morreu", que o Padrão dos Descobrimentos "devia ter sido destruído".
O deputado do Chega, André Ventura, respondeu acusando a deputada de ser uma traidora e de a sua proposta de retirar os frescos da Assembleia ser estúpida. A discussão alargou-se nas redes sociais.
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