Protesto contra o "não cumprimento da lei" vai sair do topo do Parque Eduardo VII até à Procuradoria-Geral da República.
As associações representativas dos táxis agendaram para 15 de Fevereiro uma concentração, a pé, que sairá do topo do Parque Eduardo VII, em Lisboa, até à Procuradoria-Geral da República, em protesto contra o "não cumprimento da lei".
A decisão saiu hoje da reunião entre os presidentes da Federação Portuguesa do Táxi e da ANTRAL (Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros), Carlos Ramos e Florêncio de Almeida, respectivamente.
"As duas associações convocaram o sector para uma concentração, a pé, para dia 15, às 9h30, a partir do topo do Parque Eduardo VII, em Lisboa, para a porta da Procuradoria-Geral da República [na Rua da Escola Politécnica] onde ficaremos em vigília", disse Carlos Ramos à agênciaLusa.
Carlos Ramos adiantou ainda que as associações esperam ser recebidas pela Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, por entenderam que "é o único reduto para onde podem recorrer para que seja cumprida a lei".
As associações representativas dos táxis reclamam que o decreto-lei n.º 251/98, de 11 de Agosto, que regulamenta o acesso à actividade e ao mercado dos transportes em táxi, e reforça as medidas dissuasoras da actividade ilegal neste sector, continua "por cumprir" pelas autoridades.
A 18 de Janeiro, a reunião com o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, não deu frutos, segundo os representantes do sector dos táxis, tendo por isso sido decidido "passar à acção".
O responsável lembrou que a reunião com o ministro Eduardo Cabrita "pouco adiantou", porque "demonstrou o total desconhecimento deste para com a legislação e as decisões do tribunal europeu".
Após a reunião com o ministro, Carlos Ramos reiterou que os taxistas aguardam por uma resposta do Governo para que se "cumpra a lei e as decisões judiciais", nomeadamente na questão das contra-ordenações que são passadas às empresas como a Uber e Cabify, mas que, após as 48 horas para pagamento da multa ou entrega dos documentos, "nada acontece".
Segundo uma decisão conhecida a 20 de Dezembro, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), em Bruxelas, considera que o serviço de intermediação Uber é parte integrante de um serviço global cujo elemento principal é um serviço de transporte e que, por isso, não corresponde à qualificação de "serviço da sociedade da informação", mas sim a um "serviço no âmbito dos transportes".
Em consequência, cabe aos Estados-membros "regularem as condições de prestação destes serviços sempre que se respeitem as normas gerais do Tratado de Funcionamento da União Europeia", acrescenta o tribunal, chamado a pronunciar-se após uma denúncia dos taxistas da cidade espanhola de Barcelona por alegada concorrência desleal da Uber.
Já a proposta de lei do Governo para regulamentar a actividade de transporte de passageiros em veículos descaracterizados, como a Uber, Cabify, Taxify e Chofer, foi discutida na Assembleia da República em 17 de Março do ano passado, não tido sido o diploma votado no plenário e baixado à comissão de Economia, Obras Públicas e Inovação para debate na especialidade.
O diploma proposto pelo Governo tem merecido a contestação das associações que representam os taxistas.
O Ministério do Ambiente, que tutela a pasta dos transportes, espera que a lei que regulamenta as plataformas electrónicas de transporte em veículos descaracterizados (TVDE) seja votada no parlamento em Fevereiro.
Taxistas manifestam-se a pé no dia 15 de Fevereiro em Lisboa
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.