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Sintra anuncia protocolo com farmácias para vacinar 20 mil munícipes contra a gripe

Principal propósito desta medida, que representa um investimento de até 50 mil euros, é "aliviar a pressão" junto dos centros de saúde.

A Câmara de Sintra anunciou hoje um acordo com a Associação Nacional de Farmácias (ANF) que vai permitir vacinar contra a gripe idosos, grávidas e doentes de risco de forma gratuita, podendo chegar a 20 mil pessoas.

Em declarações à agência Lusa, Basílio Horta, presidente da autarquia, esclareceu que o principal propósito desta medida, que representa um investimento de até 50 mil euros, é "aliviar a pressão" junto dos centros de saúde.

"O nosso grande objetivo é tirar dos centros de saúde os processos de vacinação dos séniores. Os centros de saúde estão sobrecarregados e retirar-lhes essa tarefa significa aliviar essa pressão, algo que neste momento entendemos que é prioritário", explicou o autarca.

Basílio Horta realçou que "Sintra já gastou mais de 14 milhões de euros com a pandemia" e que até final do ano esse valor pode chegar a "mais de 20 milhões de euros".

Dentro deste valor está englobado um milhão de euros destinado ao aumento das urgências do Hospital Fernando Fonseca, uma obra que o presidente da câmara de Sintra revela que vai arrancar durante esta semana.

"Estamos a fazer tudo o que é possível para minorar os efeitos desta pandemia, que nesta fase são crescentes. É muito possível que no fim deste mês venhamos a ter uma afluência excecional às urgências, com a confluência das urgências normais, das resultantes das patologias de inverno e as decorrentes da pandemia de covid-19, pelo que, se não nos anteciparmos, há o risco sério de o hospital não conseguir dar resposta e ter de encaminhar doentes para outras unidades, que não é o mais indicado, obviamente", salientou o autarca.

Sobre a situação que o concelho vive neste momento, sendo um dos que regista maior número de infetados com o coronavírus que provoca a covid-19, Basílio Horta apelou à "responsabilidade individual", mas rejeitou que entre as medidas futuras que o governo possa vir a adotar esteja um novo confinamento.

"Está à vista de todos a crise económica, a crise social e os efeitos psicológicos desta pandemia. Por tudo isso, temos de viver com este vírus. Há que adotar precauções, apelar à responsabilidade individual, mas não é possível voltar a optar pelo confinamento e que as pessoas fiquem em casa. Não é possível. Não devemos sequer pensar nisso", defendeu Basílio Horta, que recusou igualmente que freguesias do concelho possam voltar à situação de calamidade, como aconteceu durante um período da primeira vaga da pandemia de covid-19.

Portugal contabiliza pelo menos 2.094 mortos associados à covid-19 em 87.913 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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