A adesão à greve de hoje dos revisores da CP, para reclamar o cumprimento da decisão dos tribunais relativa ao pagamento dos complementos nos subsídios desde 1996, ronda os 100%, disse à agência Lusa uma fonte sindical.
"Todos os trabalhadores afectos ao serviço de comboios referentes ao turno que começou às 23 horas e terminou às 08 horas estão com uma adesão de 100%. Há, sim, alguns trabalhadores que não são associados do sindicato que estão a fazer alguns comboios de longo curso"", disse à Lusa o presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão e Comercial Itinerante.
De acordo com Luís Bravo, este nível de adesão demonstra o forte descontentamento dos trabalhadores. "A greve está a ter uma adesão muito forte, numa clara demonstração do grande descontentamento que os trabalhadores têm face à decisão da empresa após nove meses de negociação de não ter culminado com um acordo que visasse devolver aos trabalhadores a divida que estava confirmada pelos tribunais", explicou.
Em declarações à Lusa, hoje de manhã, a porta-voz da CP - Comboios de Portugal, Ana Portela disse que apenas seis dos 63 comboios programados circularam entre as 00:00 e as 06:00 de hoje devido à greve dos revisores da CP, adiantando que os Alfa Pendular e Intercidades estão a circular.
Os revisores CP agendaram uma greve de quatro dias (2, 3, 5 e 6 de Abril) para reclamar o cumprimento da decisão dos tribunais relativa ao pagamento dos complementos nos subsídios desde 1996.
A esta paralisação vem juntar-se a greve ao trabalho em dia de feriado convocada pela Federação do Sindicato dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) para os dias 3 e 5 (sexta-feira Santa e domingo de Páscoa).
De acordo com a CP, as perturbações na circulação de comboios vão ser agravadas pela recusa da fixação de serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral, nomeado pelo Conselho Económico e Social.
Na sequência das greves, a circulação deverá começar a ser afectada, devendo os atrasos e supressões prolongar-se até terça-feira (7 de Abril) de manhã.
Os revisores CP agendaram uma greve de dois dias para reclamar o cumprimento da decisão dos tribunais relativa ao pagamento dos complementos nos subsídios desde 1996.
O presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), Luís Bravo, explicou à Lusa na quarta-feira que a CP foi condenada, em várias instâncias, a restituir os complementos que não foram pagos aos trabalhadores no subsídio de férias desde 1996 e no subsídio de Natal entre 1996 e 2003, estimando uma dívida de cerca de dez milhões de euros aos revisores e trabalhadores das bilheteiras.
Sem possibilidade de recurso, a CP e os representantes dos trabalhadores sentaram-se à mesa para chegar a uma acordo "para a empresa pagar essa dívida de forma gradual" e, em reunião a 18 de março, os representantes do SFRCI foram informados de que a proposta de acordo ainda não tinha sido enviada à tutela, o Ministério da Economia.
"Nesse mesmo dia, decidimos quebrar a paz social, no período da Páscoa, com dois dias de greve, porque nestes nove meses de negociação, a administração criou a legítima expectativa de que os trabalhadores iriam ser ressarcidos e pensávamos que a empresa estava a proceder de boa-fé", explicou à Lusa Luís Bravo, acrescentando que "o sindicato tentou tudo para evitar esta greve".
Sindicatos: greve da CP mostra "forte descontentamento"
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