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Selva urbana de cabos nos prédios de Lisboa ainda resiste

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 06 de novembro de 2024 às 23:00

A Câmara de Lisboa contabiliza que removeu este ano 20 quilómetros de cabos mortos nas fachadas, instalados pelas operadoras de telecomunicações, mas o cenário global de centenas de cabos pendurados e enrolados à volta dos prédios permanece inalterado. Há uma década que se promete um fim para o caos.

É um cenário comum nas ruas da capital onde as habitações são mais antigas: os cabos das operadoras de telecomunicações pendurados ao longo das fachadas dos edifícios, as “lianas” de cabos entre um edifício e outro que está no lado oposto do passeio, as caixas das operadoras e os rolos de cabos que parecem insetos colados na parede, centenas de quilómetros de fios sem uso e há anos por retirar. A selva urbana dos cabos das operadoras de telecomunicações está longe de ser uma questão nova – há uma década a vereação de Manuel Salgado prometeu solucioná-la nos anos seguintes – e, apesar de um programa anunciado em fevereiro do ano passado pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) para retirar os cabos sem uso, os progressos têm sido muito lentos.

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