Para Rio, deve existir "bom senso" e as competências devem estar alocadas de forma a que se possa "ter uma governação mais competente e uma aproximação mais real às pessoas"
O ex-presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, defendeu este domingo que o País deve "encetar um debate profundo" e encontrar uma "forma mais equilibrada e profunda" de gestão, que pode passar por uma regionalização.
"Não quero dizer que sou a favor da regionalização. Não sou, depende. Aquilo que digo é que vale a pena o país encetar um debate profundo para encontrar uma forma mais equilibrada e profunda de gerir o país", defendeu o social-democrata durante a apresentação da candidatura de Pedro Duarte à Assembleia Municipal do Porto pela coligação PSD/PPM.
Rui Rio recordou que quando foi feito o referendo sobre a regionalização, há 18 anos, fez "campanha contra", assinalando porém que "se passaram 20 anos" e que, "por esse caminho", foi tendo "algumas experiências" que o "levaram a pensar de outra forma".
Para o social-democrata, o país tem três problemas principais a resolver: reduzir a sua despesa pública, fazer uma reforma estrutural no regime político e Portugal ser "um país extremamente centralizado e concentrado em Lisboa e um pouco no litoral".
"Em todos estes três problemas, a descentralização com controlo político democrático (...) que é na prática a regionalização, pode ter um papel positivo", assinalou, acrescentando que "com descentralização é mais fácil gerir bem as coisas do que gerir à distância".
Quanto à reforma do Estado e sistema politico, Rio defende que "a mesma regionalização pode e deve dar uma grande ajuda", desde que "bem feita".
"Aquilo que se impõe é, desde logo, (...) que a ser feito, seja para se gastar menos e não para se gastar mais. Se o modelo implicar mais despesa, estarei contra como estive há 20 anos, porque não é isso que o país precisa", sublinhou.
Para Rio deve existir "bom senso" e as competências devem estar alocadas de forma a que se possa "ter uma governação mais competente e uma aproximação mais real às pessoas".
"Podemos e devemos ter finanças regionais de mão de ferro para que se garanta por aí que o endividamento é controlado e só se faz despesas para as quais há dinheiro", frisou, considerando que a "arquitetura orgânica" de uma regionalização "não é do mais relevante".
Sobre as autárquicas de Outubro, e sobre a situação da Câmara do Porto, o ex-autarca Rio fez questão de avisar: "isto não são favas contadas".
Rui Rio defende "debate profundo" sobre regionalização
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.