Sábado – Pense por si

Reportagem: 42 metros de remendos naquela estrada

Raquel Lito , Raquel Wise (fotografia) 24 de junho de 2017 às 15:00

Passou a chamar-se "estrada da morte" desde o incêndio e há locais que nem se atrevem a mencionar o nome. Já não há vestígios dos carros carbonizados na EN-236-1, porque parte do troço foi alcatroado

Quem mora ao lado da EN-236-1 não se atreve a mencioná-la. É "a" estrada, simplesmente. Três vizinhas de Pobrais conversam à soleira da porta, visivelmente apreensivas. Uma delas leva as mãos à cabeça e comenta à SÁBADO: "Não quero ouvir esse nome". O troço fatídico, onde 47 pessoas morreram carbonizadas, é assunto tabu. Nesta aldeia, 10 das 11 vítimas perderam a vida ali. Movidas pelo pânico de que as chamas atingissem as casas, correram para os carros e seguiram pela ladeira acima em direcção à estrada. 

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