Dezenas de reformados e idosos concentraram-se hoje em Lisboa para reivindicar aumentos de 4,7% para as pensões e a reposição de direitos e regalias que lhes foram retiradas pelo atual Governo
O protesto foi promovido pela Confederação de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI), no âmbito de uma "Jornada Nacional de Luta", que incluiu concentrações num total de 14 localidades do país.
Os manifestantes aprovaram na praça Luís de Camões uma resolução em que reivindicam aumentos mínimos de 25 euros para as pensões mais baixas e a reposição dos complementos de reforma aos reformados das empresas públicas.
No documento, o MURPI exige ainda a reposição do pagamento por inteiro dos subsídios de Férias e de Natal dos reformados e a reposição do desconto de 50% nos transportes públicos. A resolução aprovada por unanimidade reivindica ainda o reconhecimento do MURPI como parceiro social.
Jorge Figueiredo, da direcção da Confederação Nacional, disse à agência Lusa que esta "é uma reivindicação antiga", que já apresentaram aos grupos parlamentares, mas que, alegadamente, só pode ser atendida após uma alteração legislativa.
"Para nós seria muito importante estarmos representados na Concertação Social, pois seria a única forma de os reformados estarem verdadeiramente representados no Conselho Económico e Social (CES)", afirmou.
De acordo com dados divulgados pela confederação, cerca de 1,2 milhões de reformados tinham em 2014 uma pensão média de 336 euros e cerca de 1,9 milhões de 410,50 euros. Segundo a mesma fonte, mais de 65 mil idosos perderam o Complemento Solidário para Idosos entre 2013 e 2014.
A concentração no Largo de Camões terminou com uma actuação de um grupo de Cante Alentejano, que entoou a simbólica "Grândola Vila Morena", enquanto os manifestantes ondulavam as bandeiras do MURPI, verdes e vermelhas, com um cravo ao meio.
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