Sábado – Pense por si

Políticos católicos, de esquerda - e até maçons - ao mesmo tempo

Margarida Davim , Maria Henrique Espada 07 de outubro de 2018 às 08:00

Ter fé e ser-se de esquerda não é contraditório, dizem eles. O Vaticano promoveu esta semana um encontro com marxistas – e esteve lá um português. Falámos com quem está habituado a causar surpresa só por se dizer religioso

É possível ser de esquerda e católico? José Manuel Pureza responde com uma pergunta: "Como é que se consegue ser de direita e defender coisas como a flexibilização dos direitos laborais e ser católico?" Para o deputado do BE, nunca houve uma contradição entre a ideologia e a fé. "Fui dirigente da Acção Católica e as coisas estiveram sempre ligadas. A minha adolescência foi marcada pelo 25 de Abril e pelo Vaticano II", diz àSÁBADOo bloquista que acha que ser católico vem com "uma exigência maior de compromisso social" que é "completamente compatível com ser de esquerda".

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.