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Paulo Morais desafia recandidatos a explicar o que fizeram como deputados

19 de maio de 2019 às 18:51
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O cabeça de lista do partido Nós, Cidadãos! às eleições europeias apontou a "equidade fiscal" como uma das questões centrais do programa do partido.

O cabeça de lista do partido Nós, Cidadãos! às eleições europeias,Paulo Morais, desafiou, este domingo, os candidatos dos partidos com assento parlamentar a explicar o que fizeram, enquanto deputados europeus, em defesa de Portugal.

"Estranho que os cinco partidos que têm assento parlamentar e que têm quatro recandidatos ainda não tenham explicado o que é que lá andaram a fazer durante cinco anos", afirmou hoje o cabeça de lista do Nós, Cidadãos!.

Com exceção do PS, os partidos PSD, Bloco de Esquerda, PCP e CDS concorrem com os "mesmos cabeças de lista" eleitos nas últimas eleições europeias, pelo que, para Paulo Morais, "esperar-se-ia que, quando fazem campanha para o mesmo cargo, explicitassem" o que foi a sua ação no parlamento Europeu.

Porém, "ainda não esclareceram os portugueses em que é que usaram o mandato de deputado europeu durante cinco anos", nem "o que é fizeram para bem da Europa, o que é que fizeram para bem de Portugal e, sobretudo, em que sentido é que defenderam os portugueses enquanto cidadãos europeus", criticou o candidato do Nós, Cidadãos!

Paulo Morais falava à agênciaLusaem São Martinho do Porto, no concelho de Alcobaça, onde hoje efetuou uma ação de contacto com populares.

Na ação em que apelou ao voto no dia 26, Paulo Morais apontou a "equidade fiscal" como uma das questões centrais do programa do partido.

A equidade fiscal consegue-se, segundo Paulo Morais "se o sistema fiscal for justo e respeitar a constituição em cada país" e se, cumulativamente, "houver congruência e articulação fiscal entre os países da União Europeia".

Mas, "infelizmente tal não ocorre", lamentou, exemplificando com "um casal de portugueses que tenha emigrado para França, para o Luxemburgo ou para a Alemanha e que tenha decidido regressar e passar a sua reforma tranquilamente em Portugal", onde "paga mais impostos, mais IRS, do que um casal que seja francês e que venha viver para cá".

As discrepâncias ao nível do pagamento do IMI (Imposto sobre Imóveis) ou a "concorrência desleal" entre o comércio tradicional e as grandes superfícies, são outras das bandeiras pelos quais o candidato promete bater-se se for eleito nas eleições europeias de 26 de maio.

A campanha eleitoral oficial para as europeias, em Portugal, decorre entre 13 e 24 de maio e às eleições, marcadas para 26 de maio, apresentam-se 17 candidaturas, entre partidos e coligações. Portugal elege 21 deputados ao Parlamento Europeu.

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