Segundo oCorreio da Manhã, o Ministério Público apresentou uma proposta das medidas de coacção e a defesa de Rui Rangel, João Nabais, e de Fátima Galante, Paulo Cunha e Sá, tem até segunda-feira (dia 12) para reagir.
Ontem, os juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante recusaram-se a ser interrogados no Supremo Tribunal de Justiça, alegando que precisam de mais tempo para consultar o processo Operação Lex em que são ambos arguidos.
"Não houve declarações, o MP pediu para apresentar a sua posição amanhã [sexta-feira]. Vamos tomar conhecimento das medidas de coacção propostas, mas também vamos ver se temos condições para responder amanhã", disse João Nabais ontem. Galante e Rangel, os dois juízes desembargadores no Tribunal da Relação de Lisboa estão indiciados por corrupção/recebimento indevido de vantagens, branqueamento, tráfico de influência e fraude fiscal.
Além de Rui Rangel e de Fátima Galante, a 'Operação Lex' tem pelo menos outros dez arguidos, entre os quais o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o vice-presidente do clube Fernando Tavares e o ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol João Rodrigues.
Cinco dos arguidos que se encontravam detidos já foram ouvidos no Supremo Tribunal de Justiça, tendo saído todos em liberdade, e um deles pagou uma caução de 25.000 euros.
Na operação, desencadeada a 30 de janeiro, foram realizadas 33 buscas, das quais 20 domiciliárias, nomeadamente ao Sport Lisboa e Benfica, às casas de Luís Filipe Vieira e dos dois juízes e a três escritórios de advogados.