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O percurso sombra do preferido do PS

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 05 de março de 2025 às 23:00

António Vitorino esteve ligado a mais de uma dúzia de empresas, abriu portas entre o poder político e o económico e já foi visado em várias polémicas.

Não é a primeira vez que António Vitorino flutua como hipótese preferida do PS para a Presidência da República. No início de 2015, o então secretário-geral António Costa assumiu o desejo de ver Vitorino a candidatar-se, o que levou a uma farpa imediata a partir de um canto do PS – Alfredo Barroso, ex-chefe da Casa Civil de Mário Soares, reduziu o desejado a “um facilitador de negócios”. Dez anos depois, a direção de Pedro Nuno Santos desafia de novo Vitorino para Belém e, de outro canto do PS, sai uma nova farpa – o preferido tem “um passado de advogado lobista”, diz Ana Gomes, ex-candidata presidencial. A repetição reflete o percurso de luz e de sombra de Vitorino e é um indício do risco de exposição que uma candidatura presidencial trará a um “peixe de águas profundas” – o jargão de bastidores para quem cruza, com discrição, o poder político e económico.

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