Sábado – Pense por si

Um alemão no coração da reforma Agrária

Paulo Barriga
Paulo Barriga 05 de março de 2025 às 23:00

Capturou com minúcia o movimento dos sem-terra de Baleizão. Durante dez anos. O tempo exato que demorou a utopia a converter-se em pesadelo coletivo.

No início era a enxada. A mais primitiva e fundamental de entre todas as ferramentas de lavrar. Utensílio de sobrevivência, tão essencial como o próprio chão arável. Se a Reforma Agrária em Portugal teve na sua génese uma foice e um martelo, teve na sua impossibilidade prática uma enxada: símbolo/caricatura da desconfiança, antítese do coletivismo que estimulou os sem-terra do Alentejo na “tomada” dos latifúndios. Tal como aconteceu em Baleizão: a “aldeia vermelha”, segundo o léxico do Estado Novo. Foi há 50 anos. E o fotógrafo estava lá: Frieder Bauer.

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