Sábado – Pense por si

O "all in" eleitoral de Pedro Nuno Santos

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 19 de março de 2025 às 23:00

Não cedeu a negociar condições da CPI, apesar da tentação de outros – e aposta tudo em vencer eleições e formar um Governo a prazo, a terminar em 2027.

Não queria eleições, mas tinha uma palavra a manter. A meio da suspensão parlamentar dos trabalhos da moção de confiança, o deputado Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, estava agarrado ao telefone no meio do hemiciclo, à vista de todos, ladeado pelo seu núcleo duro. No PS, considera-se que foi uma forma de mostrar que não estavam a negociar com ninguém – mas propostas do lado do PSD para retirar a moção de confiança não faltaram. Primeiro, Hugo Soares terá sugerido a Pedro Nuno Santos mostrar em privado os documentos exigidos pelo PS relativos à Spinumviva, empresa familiar de Luís Montenegro, sob a condição de não os revelar em praça pública. "Era uma ‘comissão privada de inquérito’", descreviam dois dirigentes da bancada parlamentar ouvidos pelaSÁBADO, em tom de brincadeira, num trocadilho com comissão parlamentar de inquérito (CPI). A expressão deu gás no interior da bancada, que considerou a proposta "uma falta de respeito à democracia e aos outros partidos", conta um membro da direção parlamentar.

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