NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
Informação surge depois de a direção de informação da televisão da RTP, liderada por António José Teixeira, ter sido demitida a 24 de junho.
O ex-diretor de informação da RTP António José Teixeira considerou esta quarta-feira "falsa" a ideia de que a RTP3 "se esteja a afundar" e diz desconhecer a razão pela qual foi interrompido o processo de transformação na televisão até aqui desenvolvido.
Num artigo de opinião com o título "Em nome da verdade" hoje publicado no jornal Público, sem fazer uma referência direta à sua demissão, António José Teixeira escreve: "Estivemos a trabalhar com todas as áreas da empresa e com o acompanhamento permanente de um vogal da administração da RTP e a assessoria técnica e editorial da EBU. Por alguma razão, até agora por explicar, se quis interromper este processo".
Já sobre a RTP3, refere: "Se a confiança, a qualidade e a independência não estão em causa, mesmo que todos os dias tenhamos de lutar por elas, parece estar apenas em causa a audiência de um só canal, a RTP3, que se diz continuar a afundar".
"É falso. E não é uma questão de opinião. É factual. No presente trimestre está acima do período homólogo de 2024. Em 2024, teve o mesmo 'share' de 2023. Em 2024, os nossos concorrentes diretos perderam audiência, ao contrário da RTP3. Em resumo, nestes últimos três anos não houve quebra de audiência na RTP3. O 'rating' de 2024 até foi superior ao de 2023", refere.
E acrescenta sobre os principais formatos informativos diários, como o Telejornal, o Jornal da Tarde ou o Portugal em Direto ou não diários, como o Linha da Frente ou A Prova dos Factos: "Estão a crescer".
António José Teixeira descreve vários projetos como a renovação de estúdios, ou o "projeto ambicioso" Casa das Notícias que deverá ficar concluído "dentro de pouco mais de dois meses" e que avançou por, diz o ex-diretor, "persistente proposta da Direção de Informação", bem como uma nova imagem para a informação e a reformatação do canal de informação, incluindo a sua marca.
E conclui: "Orgulho-me do trabalho realizado, do esforço que todos colocámos nos múltiplos desafios destes anos (...). Estou certo de que assim continuará a ser. Os portugueses precisam de uma RTP livre e independente, que não mude ao sabor de equívocos ou dos ciclos políticos".
A 24 de junho, a direção de informação da televisão da RTP, liderada por António José Teixeira, foi demitida.
Na terça-feira, o presidente da RTP afirmou que a decisão sobre a demissão da direção de informação da televisão na estação pública é da exclusiva competência do Conselho de Administração e afastou qualquer interferência política.
Nicolau Santos, que falava no painel "Debate da Nação dos Media", no âmbito do 34.º congresso da APDC), disse que a demissão do diretor de informação "não tem de ter uma leitura política".
"É da exclusiva competência do Conselho de Administração da RTP e não tem nenhuma interferência política", reforçou Nicolau Santos.
As "empresas têm ciclo" e o "António José Teixeira e a sua equipa fizeram um trabalho fantástico", salientou, referindo que agora se entrou noutra fase.
Aliás, "não é apenas o diretor da televisão que sai, não foi alvo que foi focado na direção de informação da televisão, espero contar com o António José Teixeira na RTP", referiu, apontando que o trajeto profissional do jornalista "passou por ciclos e terá seguramente novos desafios".
A 25 de junho, o Conselho de Redação da RTP denunciou não ter sido auscultado sobre a exoneração da direção de informação e a definição da nova estrutura editorial, considerando que tal "compromete a legalidade" do processo.
Vários partidos políticos pediram já esclarecimentos sobre este processo.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.