Sábado – Pense por si

Salas de tortura e crianças com armas automáticas: violência do narcotráfico cresce na Europa

Diogo Barreto
Diogo Barreto 20 de março de 2024 às 07:00

O aumento do narcotráfico é uma tendência europeia à qual Portugal não escapa, mas os níveis de violência estão ainda longe dos registados no resto da União Europeia.

Dentro de um puzzle de contentores de ferro largados perto da vila de Wow, nos Países Baixos, foi encontrada uma câmara de tortura moderna. No interior do contentor central - insonorizado e com plástico a cobrir o chão e as paredes - estava uma cadeira de dentista equipada com amarras para os braços e pernas. A operação policial que encontrou este mecanismo de tortura apreendeu ainda pinças, serras, bisturis, arames, fita adesiva, balaclavas e sacos para colocar na cabeça do torturado, além de algemas. Esta descoberta insólita é apenas uma das várias manifestações da violência que se abateu sobre a Europa nos últimos anos e que envolve centenas de organizações criminosas e o tráfico de drogas. Apesar de Portugal não ter registado um extremar da violência, verificou-se um aumento da violêmcia, refere o diretor da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da Polícia Judiciária (PJ), Artur Vaz, salientando ainda o papel que a corrupção tem no sucesso destes grupos.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.