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Greve está a causar prejuízos de "dezenas de milhares de euros por dia" para empresas

13 de agosto de 2019 às 15:57
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Francisco São Bento diz que o facto de os motoristas estarem apenas a cumprir oito horas de trabalho terá impacto negativo nas empresas.

O presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Francisco São Bento, disse, esta quarta-feira, que as empresas de transporte de combustíveis estão a ter prejuízo de dezenas de milhares de euros por cada dia de greve.

"Acredito que seja algumas dezenas de milhares de euros diários que as empresas estão a abdicar", afirmou Francisco São Bento à agênciaLusa, em Aveiras de Cima, precisando que os motoristas só estão a fazer oito horas de trabalho.

De acordo com dirigente, o facto de os motoristas estarem apenas a cumprir oito horas de trabalho terá impacto negativo nas empresas.

"Uma vez que só estão a fazer oito horas, com certeza que estão a ter algum impacto financeiro nas empresas", adiantou o presidente do SNMMP, indicando que não serão cumpridas "as outras seis ou sete horas que costumavam fazer".

Por seu lado, Francisco São Bento explicou que o impacto financeiro para os trabalhadores é praticamente nulo, porque estão a trabalhar na totalidade.

"Os trabalhadores estão a trabalhar na mesma. Simplesmente não estão a continuar, digamos, durante o período da greve com esta atrocidade que lhes é aplicada diariamente, que é trabalhar 13, 14 ou 15 horas", disse, acrescentado que os mesmos estão a "conseguir exercer a greve e trabalhar".

O sindicato diz que o número de grevistas atinge os 80 a 90% dentro do setor das matérias perigosas, o mesmo número avançado na segunda-feira.

O advogado do sindicato, Pardal Henriques, disse que, apesar de conseguirem aguentar agrevepor tempo indeterminado, uma vez que os motoristas estão a cumprir as oito horas de serviço e, por isso, vão ser remunerados, continua a acreditar que "a qualquer momento a Antram tenha a decência" de os "chamar para conversar" e chegarem a acordo para acabar com a greve.

Ao fim do primeiro dia de greve de motoristas, o Governo decretou a requisição civil, alegando o incumprimento dos serviços mínimos.

O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Tiago Antunes, após uma reunião do executivo por via eletrónica, justificou a medida depois de o Governo ter constatado que os sindicatos que convocaram a greve dos motoristas de mercadorias e de matérias perigosas "não asseguraram os serviços mínimos", particularmente no turno da tarde.

A greve que começou na segunda-feira, por tempo indeterminado, foi convocada pelo SNMMP e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), com o objetivo de reivindicar junto da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

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