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Grávida de 39 semanas com contrações recusa alta e regresso a casa a 103 km: parto foi no hospital

Transportada de ambulância de urgência de Almeirim para Leiria, temeu regresso em viatura própria.

Uma jovem de 25 anos, grávida de 39 semanas e com contrações a cada três minutos, temeu o regresso a casa a 103 quilómetros de distância, depois de ter alta hospitalar.

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"A minha filha não tem condições para fazer a viagem de carro. Ainda agora está a fazer um CTG no hospital de Leiria", explicou o pai ao CM, Jorge Cunha, esta segunda-feira à noite, enquanto aguardava pela conclusão do exame que monitoriza os batimentos cardíacos do bebé, os movimentos fetais e as contrações uterinas.

Meia hora depois a família informou que ocorreu a rotura da bolsa de águas, a jovem entrava em trabalho de parto.

O internamento da jovem em Leiria foi decidido pelo SNS. No domingo pelas 20h16 a jovem ligou para o SNS 24 quando começou a ter contrações. No local os bombeiros de Almeirim receberam a indicação para o transporte de ambulância para o Hospital das Caldas da Rainha. "Quando chegaram o hospital tinha as urgências de ginecologia fechadas", explicou o pai. 

Os bombeiros receberam, então, ordem para o transporte para Leiria. Contudo, após a descrição dos bombeiros sobre o estado da grávida foi decidido o acompanhamento com Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER).

Em Leiria, a grávida viria a permanecer internada durante a noite, mas segunda-feira de manhã foi informada que tinha alta, mas que a deslocação para Almeirim seria feita por meios próprios. A jovem contactou os pais que se deslocaram para o Hospital de Leiria. 

Na unidade hospitalar questionaram a decisão médica e recusaram ao longo do dia deixar o hospital sem que a filha fosse transportada de ambulância. O parto viria a ocorrer ao final da noite no mesmo hospital.

A administração hospitalar rejeita as afirmações da família. Em resposta ao Correio da Manhã garante que seguiu todos os procedimentos necessários para atribuir a alta à utente e "reitera total confiança na atuação da equipa médica e de enfermagem".

A Unidade de Saúde readmitiu a utente de volta na unidade "após nova sintomatologia" onde ficou "em observação clínica contínua, com vigilância obstétrica permanente".

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