A Federação Nacional dos Professores quer reduzir o horário dos docentes para 22h e extinguir o actual modelo de Actividades de Enriquecimento Curricular
A Fenprof vai entregar um abaixo-assinado e uma carta reivindicativa ao governo, esta segunda feira. Em causa está a carga horária dos docentes e o actual modelo de AEC - Actividades de Enriquecimento Curricular. "Actualmente são 25 horas, com o intervalo, o que na prática dá 27,5 horas, uma imposição ilegal do anterior governo", disse à agência Lusa o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, após a conferência de imprensa que marcou o arranque do ano escolar dos professores.
A carta será entregue durante uma reunião no Ministério da Educação com o secretário de Estado João Costa e nela pe-se a extinção do modelo AEC, a redução do horário dos professores para 22 horas e ainda a diminuição das turmas para 19 alunos, ou 12, no caso de haver crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE). Quando as turmas incluírem vários anos de escolaridade, o objectivo da Fenprof é que tenham, no máximo, 15 alunos.
Os sindicatos da Fenprof querem extinguir o modelo de Actividades de Enriquecimento Curricular, defendendo a ocupação de tempos livres em horário pós-lectivo.
A carta contém igualmente uma proposta para a criação de uma bolsa de substituição de professores em faltas de curta duração.
No âmbito da gestão escolar, a Fenprof sugere a criação de órgãos colegiais, eleitos por professores e outros trabalhadores e representantes dos pais. Esta proposta é extensiva ao ensino secundário, em que se incluem representantes dos alunos. "É tempo de avançarmos para a gestão democrática das escolas", disse Mário Nogueira durante a conferência de imprensa, em Lisboa.
O abaixo-assinado a exigir respeito pelo 1.º Ciclo reuniu mais de 5.000 assinaturas, em período de férias, frisou o dirigente sindical.
A Fenprof tenciona apresentar ainda questões relacionadas com o regime de concursos à secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, segundo a informação hoje avançada pelo líder da Fenprof.
Numa actualização dos números sobre o último concurso, cujos resultados foram conhecidos esta semana, a Fenprof estimou que sejam ainda colocados nas escolas cerca de 3.000 professores, para colmatar necessidades de última hora, mas que até ao final do ano entre 18.000 a 20.000 docentes não consigam trabalho.
Para o ano lectivo prestes a iniciar-se, a Fenprof espera que o governo passe "dos sinais promissores às políticas de fundo".
A estrutura sindical pretende ver negociada a aposentação antecipada dos professores, sem penalizações, assim como medidas para acabar com os mega-agrupamentos de escolas e com o processo de municipalização iniciado pelo governo de coligação PSD-CDS.
Fenprof entrega reivindicações para o novo ano lectivo
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