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Os estudantes de direito da Universidade de Lisboa fecharam hoje a cadeado a Faculdade em protesto pelo processo de avaliação
Os estudantes de direito da Universidade de Lisboa fecharam hoje a cadeado a Faculdade em protesto pelo processo de avaliação, disse à agência Lusa o presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa.
"No passado dia 30 de Novembro de 2017, em sede de Reunião Geral de Alunos, deliberou-se o encerramento da Faculdade atendendo ao manifesto desrespeito, traduzido em inúmeras situações de incumprimento, do Regulamento de Avaliação e dos Estudantes pela Direcção da Faculdade e pela maioria do seu corpo docente", justifica a Associação.
De acordo com o presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, Gonçalo Martins dos Santos, os estudantes estão "descontentes" e "preocupados com a forma como estão a ser avaliados".
"Sentimos que estamos numa faculdade em que se ensinam leis que não se aplicam. Preocupa-nos ser avaliados e não saber como. Todos os dias vamos para as aulas e a avaliação é arbitrária por parte do corpo docente", salientou.
O estudante disse que a faculdade foi fechada a cadeado e que os alunos vão manter-se à porta pelo menos 24 horas.
"Vamos manter-nos aqui. Ainda não tivemosfeedback por parte da reitoria porque a faculdade só abre às 09:00 e o corpo docente também ainda não chegou", disse.
Em comunicado, a associação de estudantes explica que o actual Regulamento foi aprovado em Fevereiro, tendo "sido alvo de certas adaptações e ajustes e finalmente aprovado para o ano lectivo seguinte a 28 de Junho".
"Ora, desde esse momento, tanto a direcção da Faculdade como o corpo docente tinham e tiveram oportunidade de se preparar para o ano lectivo seguinte, o que não se verificou. Desde a aprovação do Regulamento, verificaram-se poucas ou nenhumas alterações, estando os alunos a ser avaliados, quase exclusivamente, segundo o arbítrio dos docentes e com poucas certezas quanto ao método a que estão sujeitos", é referido.
Os estudantes protestam contra a "sobrelotação de subturmas, quando, segundo o Regulamento de Avaliação, o máximo são 30 alunos e a esmagadora maioria ultrapassa o limite máximo, o que impossibilita o exercício efectivo da avaliação".
A associação frisa também que os "testes escritos são verdadeiros exames encapotados e só deveriam contar 20% e ser uma fase intermédia da avaliação".
Os estudantes alegam também que as aulas práticas da mesma disciplina em dias consecutivos impedem a devida preparação das aulas e que os exames orais são marcados sem a devida antecedência.
Em causa está ainda, segundo os estudantes, a 'recusa' de revisão de nota, tendo o Regente uma resposta predefinida para a sua não subida, o "veto de bolso" realizado pela direcção quanto ao novo Regulamento e o desconhecimento generalizado, por parte do corpo docente, do Regulamento e de como deve ser realizada a avaliação, resultando em avaliações não previstas e irregulares.
Estudantes fecham Faculdade de Direito de Lisboa a cadeado
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