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Deputados com dificuldade em arranjar casa em Lisboa

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 08 de maio de 2024 às 23:00

Para escapar às rendas da capital, os novos deputados ficaram em alojamentos locais e hotéis, dividiram casa ou fugiram para a Margem Sul - e até se socorreram do Exército e de uma residência de frades.

Depois de um longo dia de plenário, o deputado Mário Amorim Lopes decidiu ir jantar ao Honest Greens, na Av. da Liberdade. Mas antes, para descomprimir, foi beber uma cerveja artesanal ali ao lado. Era naquela zona que morava, temporariamente, o parlamentar, que vivia as primeiras semanas desde que tomara posse de hostel em hostel, levando atrás de si a mala, o computador e o guarda-fatos pelo metropolitano fora. "Eu estive durante mês e meio a viver em alojamentos locais, quarto só, num esforço para poupar dinheiro", conta àSÁBADO. Por ter sido eleito pelo círculo eleitoral de Aveiro, o liberal mudou-se para a capital, mas não conseguiu arranjar uma solução que lhe agradasse de um dia para o outro. Primeiro, procurou quartos, "mas estavam todos com valores incomportáveis, de 800, 950 euros para cima", conta; depois, consultou a disponibilidade na casa dos Missionários do Espírito Santo, um poiso habitual de vários parlamentares, mas também não aconteceu. Ainda surgiu a possibilidade de viver no Hotel São Bento, que tem acordo com os grupos parlamentares, mas o deputado prefere alojamentos locais - e assim ficou.

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