Há cerca de 800 pessoas à espera que os seus requerimentos tenham resposta alojados em condições semelhantes em hostels na capital.
O risco decovid-19em comunidades de imigrantes e refugiados como o hostel de Lisboa onde se registaram dezenas de casos está a ser avaliado pelas autoridades de saúde e outras, como oServiço de Estrangeiros e Fronteiras.
A garantia foi dada pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, durante a conferência de imprensa diária de acompanhamento da pandemia, que assegurou também que o realojamento das 169 pessoas provenientes do hostel na Base Aérea da Ota (concelho de Alenquer) não implicará riscos para os habitantes daquela freguesia, muitos dos quais trabalham na instalação militar.
"As autoridades de saúde, a Câmara Municipal [de Lisboa], a Proteção Civil, a Segurança Social, o Alto Comissariado para as Migrações e serviços competentes, como Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, estão a analisar estas comunidades e o seu grau de risco", afirmou Graça Freitas.
De acordo com o vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Castro, foram transportados para a Base Aérea da Ota 169 cidadãos estrangeiros, dos quais 136 testaram positivo à presença do novo coronavírus (SARS-CoV-2), sete com resultados inconclusivos e 26 com testes negativos.
Estas pessoas, na maioria imigrantes e refugiados, estavam num hostel da freguesia de Arroios. Segundo a presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR), Mónica Farinha, estavam ali por causa da sobrelotação dos centros de acolhimento daquele organismo.
Acrescentou que há cerca de 800 pessoas à espera que os seus requerimentos tenham resposta alojados em condições semelhantes em hostels na capital.
"Isto não é uma movimentação desordenada para a Ota, antes pelo contrário", garantiu Graça Freitas, indicando que "de um modo geral, a comunidade envolvente não vai ser afetada por este realojamento".
As pessoas responderam a inquéritos epidemiológicos e as autoridades de saúde sabem exatamente quem está doente, quem não está, quem é um caso suspeito e se teve outros contactos, garantiu.
"Foi um realojamento controlado, com medidas de contenção e com segregação das pessoas em função de serem suspeitas, positivas ou expostas", acrescentou.
As instalações do hostel em que estavam "estão a ser alvo de um processo de descontaminação, desinfeção e limpeza, independentemente de quantas pessoas vão voltar para lá ou não", afirmou Graça Freitas.
Portugal regista 762 mortos associados à covid-19 em 21.379 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 170 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Covid-19: Risco para outras comunidades de imigrantes e refugiados em hostels sob avaliação
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