Movimento encabeçado por Ruy de Carvalho considera que o Ministério da Cultura elaborou um "caderno de encargos que não se compadece com a realidade"
O Movimento Pelos Profissionais do Palco considera "inviável" a proposta do Ministério da Cultura para a abertura dos teatros em 01 de junho, e lamenta que não tenha sido dado conhecimento da proposta às companhias independentes e às produtoras.
Em comunicado, a que a Lusa teve acesso, o movimento encabeçado por Ruy de Carvalho considera que o Ministério da Cultura (MC) elaborou um "caderno de encargos que não se compadece com a realidade".
A nota lamenta que o ministério tutelado por Graça Fonseca "não alcance a inviabilidade da proposta", que "aos olhos de todos os profissionais" é "totalmente inviável", pois o número limitado de espetadores torna a reabertura inviável em termos financeiros.
Assim, o movimento irá seguir a política decidida pelos teatros nacionais, reabrindo apenas no início da próxima temporada, em setembro.
O movimento lamenta ainda que a proposta tenha chegado ao conhecimento de todos os profissionais pela comunicação social e outras estruturas do setor, a cerca de 15 dias da reabertura das salas, "não dando tempo para a reorganização do mesmo, que foi forçado a parar e a cancelar todos os espetáculos desde meados de março".
Por isso, o movimento apela ao Governo para que não aplique as decisões tomadas sobre o lay-off para as companhias independentes e privadas, que tendo funcionários a cargo naquela situação laboral não consigam abrir as salas de espetáculos em 1 de junho.
O Movimento Pelos Profissionais do Palco pede também que essa situação se aplique a todos que habitualmente fazem digressão.
Alegando estar ciente de que as regras de higienização "são importantes e devem ser seguidas a rigor", o movimento lembra que elas devem ser feitas com o apoio do Estado, já que estruturas e artistas estão sem capacidade financeira para as seguirem.
No comunicado solicita-se que as regras de apoio sejam "simples e flexíveis", de modo a permitirem que artistas e estruturas tenham acesso aos apoios mesmo que tenham dívidas à Autoridade Tributária e à Segurança Social.
Nesse sentido, propõe que logo que seja viável abrir as salas de espetáculo, sejam realizados testes ao novo coronavírus e exames serológicos a todos os profissionais envolvidos nos espetáculos, qualquer que seja a sua natureza, pagos pelas autarquias ou pelo Serviço Nacional de Saúde.
O Movimento pelos Profissionais do Palco pede que as medidas abranjam produtores, companhias independentes, atores, bailarinos, performers, músicos, cantores, cenógrafos, aderecistas, figurinistas, técnicos, e todos os profissionais de palco e artes de rua.
O documento reclama, por isso, um apoio a fundo perdido com a atribuição de um valor que permita combater o impacto da situação de emergência, de forma digna e adequada.
E que seja estabelecido, de imediato, o Estatuto de Intermitência para artistas e profissionais do espetáculo que, à semelhança do que existe em França e na Bélgica, garanta uma "verdadeira e efetiva proteção social".
O movimento mostra-se ainda disposto para aperfeiçoar esta proposta juntamente com outras entidades competentes de modo a amenizar os prejuízos causados pela covid-19 nesta área da cultura.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou perto de 312 mil mortos e infetou mais de 4,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.218 pessoas das 29.036 confirmadas como infetadas, e há 4.636 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
Covid-19: Movimento considera ser inviável reabertura de teatros em 1 de junho
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Por todo o Estado, há sinais de escassez gritante de pessoal. Faltam dois mil guardas prisionais. Já na carreira de enfermaria faltam 20 mil profissionais. A isto poderíamos somar a falta de médicos no SNS.
A maioria dos magistrados não dispõe de apoio psicológico adequado, o que resulta em inúmeros casos de burnout. Se esta estratégia persistir, a magistratura especializada comprometerá a qualidade do trabalho, sobretudo na área da violência doméstica.
Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.
Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.