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Covid-19. DGS recomenda vacinação de crianças entre os 12 e 15 anos

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, anunciou que dados de 15 milhões de adolescentes vacinados nos EUA e UE não mostraram sinais de alerta. Vacinação pode começar ainda antes do início do próximo ano letivo.

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Fim do isolamento profilático para vacinados "está a ser analisado"

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"Estamos numa fase ainda epidémica, de planalto, em que ainda devemos ter algumas cautelas e também devemos aprender com países que abrandaram estas medidas e tiveram de voltar atrás nesse abrandamento. Estamos a analisar a questão sobre se vamos manter ou não as pessoas vacinadas com isolamento profilático ou se deixamos essa questão para as autoridades de saúde que analisam essas situações", afirmou a diretora-geral da Saúde.

Graça Freitas também descarta a necessidade de uma terceira dose da vacina para os jovens que deverão começar a ser vacinados em setembro. "Quando fazemos uma recomendação de vacinação é com base na confiança e na convicção de que os benefícios, de facto, superam os riscos. O esquema que está agora em vigor é o de duas doses, que a Agência Europeia de Medicamentos recomendou. Estes 15 milhões de adolescentes que estudámos vão ser vacinados com estas duas doses", sublinhou Graça Freitas.

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Graça Freitas afasta pressão política. Decisão é "puramente técnica"

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As novas informações foram conhecidas no próprio dia 30 de julho em que foi anunciada a recomendação de vacinação apenas com crianças com doenças de risco, após a divulgação de dados de 9 milhões de vacinas administradas a adolescentes nos EUA. "Na semana seguinte, saíram dados da UE. Foi possível através desse comité sabermos que as cerca de 6 milhões de vacinas que tinham sido dadas em países europeus não tinham acrescentado um sinal de alerta àquilo que já sabíamos da possibilidade de haver miocardites e pericarditas", disse.

"Foi a sequência e a continuidade destes acontecimentos que levou a que no dia 30 nós tivéssemos um parecer e hoje tivéssemos outro. Esta decisão de hoje é uma decisão técnica, que veio na sequência de novos dados: 15 milhões de dados nos EUA e na UE."

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Decisão sobre dose de reforço "não pode ser tomada através de dados serológicos"

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"A decisão sobre a necessidade de uma terceira dose tem de ser baseada em dados sobre a proteção das vacinas e não por dados serológicos", afirmou, explicando que testes serológicos "não estão recomendados para ser base sobre o estado de proteção conferido pelas vacinas".

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Vacinação das crianças entre 12 e 15 pode começar antes do início das aulas

Depois de no final de julho, a DGS ter determinado que só deveriam ser vacinados os jovens entre os 12 e os 15 anos que tivessem comorbilidades associadas ou por indicação médica, a recomendação da vacina passa agora a abranger todos os jovens com esta idade.

A vacinação dos adolescentes com esta faixa etária pode iniciar-se ainda antes do início do próximo ano letivo, avança Graça Freitas, cuja decisão passará pelatask-force.

"Está aberto o caminho para a vacinação universal destes jovens, a parte logística comunicará como vai ser distribuída essa vacinação. Se não for exatamente antes do início do ano letivo, será nos dias a seguir. Mais uma semana ou menos uma semana não terá um impacto negativo importante", esclareceu a diretora-geral da Saúde.

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DGS recomenda a vacinação de crianças entre os 12 e 15 anos

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Assim, e depois de ouvir a Comissão Técnica de Vacinação Covid-19, a DGS decidiu manter a recomendação da vacina apenas para jovens com 16 e 17 anos e para jovens com 12 a 15 anos com doenças de risco, abrangendo também a vacinação a todos os adolescentes desta faixa etária.

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Decisão chega depois de pressões de Marcelo, Costa e Gouveia e Melo

O Presidente da República tem sido quem mais tem apelado à vacinação de adolescentes. Na semana passada, Marcelo Rebelo de Sousa foi contra as orientações emitidas pela DGS e disse que esperava que se iniciasse a vacinação de crianças entre os 12 e 15 anos, como já acontece na Madeira.

"Todos nos recordamos que, no início, havia dúvidas quanto à utilidade das máscaras. Eu andei a pregar no deserto durante umas semanas ou meses acerca da utilidade das máscaras e, dois meses depois, concluía-se que eram fundamentais. Dois meses antes eram desnecessárias e contraproducentes", disse como exemplo. 

O chefe de Estado considerou que as dúvidas relativas à vacinação das crianças entre os 12 e 15 anos não são "tanto dúvidas de princípio, quanto de momento", afirmando que "tudo tem o seu tempo" e mostrando-se "muito esperançado" que seja "rápida a vacinação dos que estão entre os 16 e 17 anos", para que, "ulteriormente", seja possível começar a vacinar, então, as crianças entre os 12 e os 15 anos.

Também Gouveia e Melo, o coordenador da vacinação, deixou o seu aviso na sexta-feira, ao considerar que "o tempo está a esgotar-se" para vacinar os jovens desta faixa etária. 

"Claro que esse tempo se está a esgotar e o que pode ser crítico é que esse cuidado, que é importante para todos nós, pode ser entendido de forma negativa como não recomendação, e não é uma não recomendação, é só um cuidado para se ter a certeza de qual é o melhor caminho a seguir", disse o líder da task-force, em declarações à RTP3, à margem de uma visita ao centro de vacinação de Évora.

Já António Costa, em pleno debato do Estado da Nação em julho, deixou a garantia de que estaria tudo preparado para que as crianças entre os 12 e os 17 anos possam receber a vacina contra a covid-19 até 19 de setembro, "a tempo do início do próximo ano letivo". 

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