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Costa, Guterres e Durão são "vitórias da diplomacia" e "capacidade de negociação" de Portugal

Rita Rato Nunes
Rita Rato Nunes 28 de junho de 2024 às 16:49

O politólogo e professor de relações internacionais José Filipe Pinto sublinha, à SÁBADO, a capacidade portuguesa de adaptação a outras culturas, sem colocar em causa características próprias: o segredo dos políticos para se destacarem nas instituições internacionais.

António Costa será o próximo presidente do Conselho Europeu, António Guterres é o secretário-geral das Nações Unidas. José Manuel Durão Barroso presidiu à Comissão Europeia durante uma década (2004 a 2014) e Diogo Freitas do Amaral à Assembleia-Geral das Nações Unidas (1995 a 1996). Portugal "é um país semi periférico, que nem sequer está no centro das decisões da União Europeia, no eixo Alemanha-França-Itália, que se pode estender até Espanha", diz José Filipe Pinto, professor de Relações Internacionais da Universidade Lusófona. Por isso, "não é normal que Portugal tenha tido pessoas em todos estes cargos". O segredo? Além do "prestígio individual" de quem os tem ocupado, estas "são vitórias da diplomacia portuguesa" por uma "certa forma de estar no mundo". 

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