Em Santo Tirso, primeiro-ministro foi alvo de um protesto contra a redução de apoios ao ensino privado. Representantes de colégios falam em "machadada" no sector
António Costa foi hoje surpreendido em Santo Tirso por um protesto contra a redução de apoios aos estabelecimentos de ensino privado. O primeiro-ministro preparava-se para visitar o Museu Municipal do Abade quando foi confrontado com os manifestantes. E nem na hora de discursar o ambiente melhorou.
António Costa chegou com 25 minutos de atraso, mas a recepção não foi a melhor. Numa cerimónia que devia assinalar a requalifacação da infraestrutura, a notícia acabou mesmo por ser as novas regras para o financiamento ao ensino privado. Segundo a agência Lusa, centena de manifestantes aguardavam a chegada do primeiro-ministro que, à saída do carro, preferiu seguir directo para o interior do museu sem falar com que o esperava.
No entanto, três dos promotores do protesto entraram no museu para entregar a Costa um estudo sobre as consequências do novo sistema de apoio ao ensino particular. "Não se trata apenas de não abrir novas turmas. Estamos a falar de matar à machadada os colégios com contrato de associação", disse à Lusa Filipa Amorim, uma das representantes que deverá reunir com o primeiro-ministro.
No discurso de inauguração, numa tenda no exterior do museu e com os manifestantes apenas a 20 metros de distância, o primeiro-ministro também não teve a vida facilitada. A vaia, constante durante os cerca de dez minutos de discurso, foi reforçada por buzinas e bombos e extendeu-se aos outros dois oradores: Siza Vieira e o presidente da Câmara de Santo Tirso, o socialista Joaquim Couto.
Costa discursa debaixo de vaia, apitos e protestos a favor do ensino privado
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