"Não temos condições para levantar medidas restritivas"
"Não temos condições para levantar medidas restritivas e por isso mantém-se as regras", frisou a ministra sobre as limitações de circulação na Área Metropolitana de Lisboa.
Governo anunciou algumas medidas para travar a propagação do novo coronavírus.
"Nós iniciámos o desconfinamento em março apresentando regras e matriz para acompanhar evolução da pandemia. É hoje visível para todos e todos compreendem a decisão em que estamos, que não compara com momentos difíceis vividos pelo País no último ano e meio, mas é complicada", detalha Mariana Vieira de Silva. "É necessário que todos, no dia a dia, possamos cumprir [as regras]. Portugal está numa situação mais difícil do que estava que ainda não parou de piorar."
O Governo não pode determinar prazo para inquérito independente à forma como os festejos do Campeonato Nacional condicionaram a propagação da pandemia, disse Mariana Vieira da Silva. Sobre os problemas do certificado digital para recuperados que só precisam de uma dose de vacina, a ministra disse não ter atualizações.
As regras que condicionam a entrada e saída da Área Metropolitana de Lisboa ao fim de semana são para manter. Para sair, tem que ser apresentado certificado digital ou teste negativo (antigénio com 48 horas, ou PCR com 72).
"Temos condições para dizer que as pessoas com mais de 60 anos com AstraZeneca e que esperavam segunda dose, podem estar todos vacinados a 11 de julho, uma aceleração significativa no calendário que tínhamos", anunciou Mariana Vieira da Silva.
Medida procura reduzir ajuntamentos e não tem excepções, avisa Mariana Vieira da Silva. "Há muitos casos relacionados com festas e ajuntamentos alargados e pretende limitar essa realidade."
Permitem que para empresas com quebra de facturação com quebra superior a 75%, haja apoios em julho e agosto. "Ajuda empresas a manter postos de trabalho", afirma Ana Mendes Godinho. 71 mil trabalhadores são abrangidos pelo apoio, bem como 16 mil empresas. Será reavaliado em agosto.
Também foi prolongado o apoio aos trabalhadores independentes da cultura e turismo para julho e agosto, e o mesmo para sócios gerentes das mesmas atividades.
Entre eles, encontram-se Albufeira, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Constância, Lisboa, Loulé, Loures, Mafra, Mira, Moita, Odivelas, Oeiras, Olhão, Seixal, Sesimbra, Sintra e Sobral de Monte Agraço. Nestes concelhos, haverá a limitação na circulaçaão na via pública a partir das 23 horas. Os ginásios não podem fazer aulas de grupo. Os casamentos e batizados terão 25% da lotação, e os espectáculos culturais podem realizar-se até às 22h30.
Alcochete; Alenquer; Arruda dos Vinhos; Avis; Braga; Castelo de Vide; Faro; Grândola; Lagoa; Lagos; Montijo; Odemira; Palmela; Paredes de Coura; Portimão; Porto; Rio; Maior; Santarém; São Brás de Alportel; Sardoal; Setúbal; Silves; Sines; Sousel; Torres Vedras e Vila Franca de Xira são os concelhos em risco elevado.
O teletrabalho é obrigatório, o comércio a retalho está aberto até Às 21 horas e a restauração fecha às 22h30, a não ser ao fim de semana.
Mariana Vieira da Silva refere que "as vacinas resultam e têm os seus efeitos, e reforça a mensagem de uma corrida entre o tempo da infeção e o tempo das vacinas".
Face a estes dados, o Governo decidiu que nos concelhos de risco elevado ou muito elevado será limitada circulação na via pública a partir das 23 horas.
É necessário manter regras de distanciamento social, evitar ajuntamentos, higiene de mãos. "Não temos condições para considerar a pandemia controlada" , avisa a ministra, pedindo que se evitem comportamentos de risco.
O País precisa de uma viragem de mentalidade. De um governante que olhe para a segurança com visão estratégica, pragmatismo e coragem. Que não fale apenas de leis, mas de pessoas, de sistemas, de tecnologia e de resultados.
Há que admitir aqui que as coisas que receamos para nós são as mesmas que geram piedade quando acontecem aos outros
Importa que o Governo dê agora um sinal claro, concreto e visível, de que avançará rapidamente com um modelo de assessoria sólido, estável e devidamente dimensionado, para todos os tribunais portugueses, em ambas as jurisdições.
Não devemos negar às pessoas a oportunidade de avaliar a verdade por si mesmas.