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Como os poderosos de Angola esconderam milhões de euros em Portugal

António José Vilela , Carlos Rodrigues Lima 10 de janeiro de 2018 às 20:33

Manuel Vicente tinha um património nunca inferior a 75 milhões de euros. Os generais Kopelipa e Leopoldino Nascimento possuíam ainda mais. Uma parte de todo este dinheiro circulou em Portugal através de bancos e negócios cruzados com familiares e testas-de-ferro.

Com o máximo sigilo, a operação foi preparada ao pormenor durante vários dias no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e na Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ). Como habitualmente, as buscas e apreensões iniciais tinham de ser feitas quase em simultâneo para não estragarem o efeito-surpresa. Mais ainda quando esta era a fase decisiva de um processo por crimes de corrupção que envolvia já o vice-presidente de Angola e o testa-de-ferro que tinha em Portugal, um ex-procurador da República português e um advogado que, nos últimos anos, defendera inúmeros políticos e empresários angolanos suspeitos em processos de branqueamento de capitais.

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