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Claques: o poder, os segredos, a violência

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto 03 de maio de 2017 às 18:01

Dominam os clubes pela força, estão ligadas ao crime e são vigiadas de perto pela PSP. A rivalidade entre duas delas levou à morte de mais um adepto

Na noite de 21 de Abril, Luís Pina – conhecido por Tanolas ou Lué – foi por duas vezes ao Estádio da Luz para ir buscar os bilhetes para o jogo do dia seguinte entre o Sporting e o Benfica. A primeira vez por volta das 22h, sem sucesso. A segunda já depois da meia-noite. As imagens de videovigilância comprovam-no: por duas vezes é possível vê-lo a estacionar o carro e a dirigir-se às bilheteiras. Já com os ingressos, voltou ao carro e preparava-se para seguir para a Amadora. No entanto, ao aproximar-se da rotunda onde está o monumento a Cosme Damião, fundador do Benfica, viu carros parados a bloquear o trânsito e algumas dezenas de adeptos do Sporting no meio da estrada.

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“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.