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Catarina Martins: "Regionalização é transparência, democracia e debate estratégico"

07 de março de 2020 às 17:43
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Coordenadora do Bloco de Esquerda considerou que quando existe um "vazio regional e institucional" no processo de tomada de decisão "e as decisões são tomadas na mesma", existe "todo um caminho para a opacidade".

A coordenadora nacional doBloco de Esquerda(BE),Catarina Martins, defendeu este sábado, em Coimbra, que o processo deregionalizaçãosignifica a transparência contra a opacidade de decisões centralistas à revelia das populações.

Intervindo num encontro sobre o tema da regionalização, promovido pelo BE, a líder bloquista considerou que quando existe um "vazio regional e institucional" no processo de tomada de decisão "e as decisões são tomadas na mesma", existe "todo um caminho para a opacidade".

"E de facto, os que lançam mais vezes desconfianças sobre processos de regionalização, são também muitas vezes aqueles que têm convivido alegremente com um regime que acaba por premiar um certo bloco central de negócios, em que as decisões, tantas vezes, são feitas em nome de interesses privados e de curto prazo, em vez de interesses das populações e com um horizonte estratégico para o nosso país", argumentou Catarina Martins.

"É por isso que regionalização é transparência, regionalização é democracia e regionalização é debate estratégico", acrescentou.

Por outro lado, a dirigente do BE referiu-se às próprias condições do território nacional, nomeadamente o agravamento das desigualdades territoriais e o despovoamento do interior: "Temos um país mais desigual e também temos um país com menos intensidade democrática do que quando foi feito o referendo sobre a regionalização [em 1998, há mais de 20 anos]", disse Catarina Martins.

Sobre o debate promovido pelo partido, a líder do BE lembrou que o Bloco "foi favorável à regionalização" mas que atualmente possui outras "condições objetivas" para discutir o tema, por ter "mais gente em mais zonas do território, em todo o território".

"Somos hoje uma das forças políticas com uma implantação mais homogénea em todo o território nacional, somos terceira força política em todo o território nacional. E, portanto, este é um debate que convoca mais gente, temos massa crítica e isso muda tudo", enfatizou Catarina Martins.

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