A SÁBADO enfrentou resistências acrescidas para contar a história da guerra interna que ameaça destruir o MRPP. Foi preciso insistir muito e aceitar as regras de quem, por gosto, ainda cultiva hábitos dos tempos da clandestinidade
A SÁBADO descobriu o essencial da história mas ninguém queria dizer mais nada sobre a guerra fratricida que estoirou, a seguir às últimas legislativas, entre as duas maiores figuras do MRPP – Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado: Arnaldo Matos e Garcia Pereira. Foi preciso insistir muito e aceitar as regras de quem, por gosto, ainda cultiva hábitos dos tempos da clandestinidade. Uma das fontes combinou encontrar-se à porta de uma livraria de um centro comercial. À hora marcada, nada. Dois minutos depois, o telemóvel do jornalista Fernando Esteves toca. Pede-lhe que saia, que atravesse a estrada e se sente numa mesa discreta. Ele só chegará depois. E assim fez. Falaram durante 40 minutos e no fim deixou um aviso: "Agora, veja lá o que vai escrever sobre O Camarada!" É assim que Arnaldo Matos, líder espiritual do partido de inspiração maoísta que um dia seduziu José Manuel Durão Barroso, é tratado até hoje pelos seus seguidores. Nos últimos anos, porém, o grande rosto do MRPP tem sido o advogado Garcia Pereira. O choque entre estes dois homens podia ser apenas uma quezília partidária, não fosse o MRPP um partido histórico da nossa democracia, os protagonistas duas figuras do pós-25 de Abril e os contornos do conflito dignos de um romance. Para ler, nas págs. 44 a 56.
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Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres