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Arnaldo Matos, o polémico e verdadeiro marxista (1939-2019)

Sara Capelo
Sara Capelo 22 de fevereiro de 2019 às 14:39

Nos anos 70 era o romântico, o feiticeiro que se opunha ao regime. Nesta década, descobriu o Twitter onde lançava farpas (muitas violentas) contra todos.

Arnaldo Matos estava "algures no País", na clandestinidade. Sobre si pendia um mandado de captura, emitido pelo COPCON de Otelo Saraiva de Carvalho. Era desde que fora detido, há poucos meses em Mirandela e enviado para Caxias, o "grande educador da classe operária". E a aura crescera desde que se evadira do Hospital Militar da Estrela, em Lisboa, e acedera a dar uma entrevista ao semanário O Jornal, que saiu para as bancas a 18 de julho de 1975.

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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".