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ANTRAM e sindicatos voltam a negociar contrato coletivo de trabalho a partir de 6.ª feira

Associação e a Fectrans vão rever "alguns aspetos contratuais" depois de, na segunda-feira, se ter reunido com o sindicato dos motoristas de matérias perigosas.

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e a federação sindical dos transportes vão dar início, esta sexta-feira, a um novo processo negocial para rever alguns pontos do contrato coletivo de trabalho, foi hoje anunciado.

"Conforme estava acordado aquando da assinatura do contrato coletivo de trabalho, celebrado entre a ANTRAM e a Fectrans [Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações], em setembro de 2018, as partes irão dar início a um novo processo negocial com vista à revisão de alguns aspetos contratuais", indicou, em comunicado, a associação empresarial.

De acordo com a ANTRAM, seis meses após a aplicação do novo contrato coletivo de trabalho, "importa clarificar algumas matérias que têm sido alvo de apreciação no âmbito da comissão paritária, bem como ajustes estruturais".

A primeira reunião terá lugar na sexta-feira, pelas 09h00, na sede da ANTRAM, em Lisboa.

Na segunda-feira, a ANTRAM esteve reunida, no Ministério das Infraestruturas, com o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), sob a mediação do Governo, representado pelo advogado Guilherme Dray, para negociar uma proposta de contrato coletivo de trabalho.

À saída do encontro, o assessor jurídico e antigo vice-presidente do sindicato, Pedro Pardal Henriques, lamentou que a associação não estivesse preparada para as negociações, dando-lhe sete dias para responder às reivindicações e pondo em cima da mesa a possibilidade de uma nova greve, tendo, entretanto, sido entregue um pré-aviso para vigorar a partir de dia 17 e "por tempo indeterminado".

Entre as reivindicações dos motoristas de matérias perigosas está um salário de 1.200 euros, um subsídio de 240 euros e a redução da idade de reforma.

Por sua vez, o vice-presidente da ANTRAM, Pedro Polónio, admitiu, na altura, que a associação não levou respostas, tendo em conta que não tinha tido acesso a uma proposta integral e que o calendário definido não obriga a respostas imediatas.

O responsável considerou ainda que a hipótese de uma nova greve é prematura e que quebra o acordo de paz social definido com a ANTRAM.

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