O material de abuso sexual de menores representou 99% das denúncias validadas pela Linha Alerta do Centro Internet Segura.
A "Linha Alerta" do Centro Internet Segura (CIS) recebeu, desde Setembro de 2007, cerca de 19.700 denúncias de alegados conteúdosonline ilegais, das quais apenas 2.800 foram validadas, praticamente todas por configurarem abuso sexual de menores, foi hoje divulgado.
Em termos anuais, as denúncias oscilam entre um mínimo de 1.000 e um máximo a rondar as 2.700, este último verificado em 2009.
O material de abuso sexual de menores representou 99% das denúncias validadas.
Os números foram divulgados em Braga, no âmbito das comemorações do Dia da Internet Mais Segura, num evento que serviu também para assinalar os 10 anos de actividade do CIS, um consórcio coordenado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
"As denúncias são recebidas pela nossa operadora que faz a respectiva triagem, validando as que considera terem substância", explicou à Lusa a coordenadora do CIS.
Segundo Sofia Rasgado, os casos validados são depois encaminhados ou para a Polícia Judiciária ou para entidades estrangeiras congéneres, consoante os conteúdos estejam alojados em Portugal ou fora dele.
Sofia Rasgado explicou ainda que, além de abuso sexual de menores, a Linha Alerta está também disponível para a denúncia de conteúdos que fazem a apologia do racismo e da violência.
"Mas as denúncias relativas a estes dois últimos conteúdos são muito residuais, a esmagadora maioria refere-se a material de abuso sexual menores", sublinhou.
No que se refere apenas a 2017, a Linha Alerta recebeu 1.873 denúncias, das quais foram validadas 14,04 por cento como conteúdos de abuso sexual de menores.
A totalidade dos casos relaciona-se com conteúdos alojados fora de Portugal, sendo que 98,77 por cento estavam localizados emwebsites, havendo também alguns eme-maile em redes de "peer to pear", em que os computadores comunicam e trocam dados entre si directamente, sem a necessidade de um servidor central.
O CIS integra ainda a Linha Internet Segura, que presta apoio e esclarecimentos com vista a contribuir para uma "navegação" mais consciente, responsável e informada.
É procurada por pais, professores e jovens para dar resposta a questões que vão desde o simples detalhe técnico a questões que envolvem o foro íntimo ou mesmo a invasão da vida privada.
"Quando as questões são mais privadas, encaminhamos os casos para a Associação de Apoio à Vítima ou Instituto de Apoio à Criança, com quem temos protocolos", referiu Sofia Rasgado.
A Linha Internet Segura é contactada, essencialmente, por adultos (41,27%), do sexo feminino (61,9%), que em 33% dos casos procuram informação de teor técnico.
Sofia Rasgado disse que "são cada vez mais" os pais e educadores que se manifestam preocupados com a utilização da Internet pelos filhos, e deixou o apelo a uma "parentalidade digital".
"Em vez de proibirem o uso da Internet, tentem comunicar abertamente e acompanhar a sua utilização, porque se é certo que ela acarreta alguns risos, também é certo que ela encerra um manancial de oportunidades", rematou.
Coordenado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, o CIS é um consórcio que integra ainda a Direcção-Geral da Educação, o Instituto Português do Desporto e Juventude, a Fundação PT e a Microsoft Portugal.
Abuso sexual de menores são conteúdos ilegais na Internet mais denunciados
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Esta semana, a Rússia apresentou o seu primeiro robô humanoide. Hesitamos entre pensar se aquilo que vimos é puro humor ou tragédia absoluta. É do domínio do absurdo, parece-me, querer construir uma máquina antropomórfica para esta fazer algo que biliões de humanos fazem um bilião de vezes melhor.
A resposta das responsáveis escola é chocante. No momento em que soube que o seu filho sofrera uma amputação das pontas dos dedos da mão, esta mãe foi forçado a ler a seguinte justificação: “O sangue foi limpo para os outros meninos não andarem a pisar nem ficarem impressionados, e não foi tanto sangue assim".
Com a fuga de Angola, há 50 anos, muitos portugueses voltaram para cá. Mas também houve quem preferisse começar uma nova vida noutros países, do Canadá à Austrália. E ainda: conversa com o chef José Avillez; reportagem numa fábrica de oxigénio.