Sábado – Pense por si

A vida de Álvaro Cunhal na intimidade

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto 10 de novembro de 2015 às 17:42

Considerava o amor da companheira uma “grande riqueza”. Gostava de cozinhar e arrumava o prato quando acabava de jantar. E não deixava uma senhora segurar-lhe a porta. No dia em que o líder do PCP cumpriria 102 anos, recorde a sua vida

A30 de Abril de 1974, Álvaro Cunhal recebeu o primeiro banho de multidão após 13 anos de exílio, 11 de prisão e oito de clandestinidade. Tinha acabado de desembarcar no aeroporto de Lisboa, vindo de Paris. Era o último dos principais dirigentes políticos a regressar a Portugal após o 25 de Abril. Emocionado, disse a Carlos Brito: "Conseguiste uma boa mobilização." Momentos depois estava a subir para um carro de combate para agradecer os aplausos. Foi uma recepção apoteótica. Mas foi também um momento breve. Pouco depois entrou numa espécie de semiclandestinidade que durante décadas manteve em segredo tudo o que dizia respeito à sua vida pessoal.

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