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Imigração. A rede que falsificou milhares de moradas na Penha de França

Diogo Barreto
Diogo Barreto 22 de julho de 2024 às 07:00

Ao longo de quatro anos funcionou nesta freguesia lisboeta um esquema de falsificação de moradas e contratos de trabalho que permitiu a legalização de milhares de migrantes. Uma morada chegou a ser apontada em mais de 1.600 atestados de residência de imigrantes.

A 17 de novembro de 2022, uma quinta-feira, a presidente da Junta de Freguesia da Penha de França, Ana Oliveira Dias, apresentou uma queixa junto da Polícia Judiciária. Alertava a autarca socialista para uma possível rede de auxílio à imigração ilegal, denunciando uma repetição de moradas indicadas por cidadãos estrangeiros que queriam obter um atestado de residência. Na verdade, havia uma morada que foi apontada por mais de 1.600 pessoas como sendo a sua residência. Numa acusação deduzida pelo Ministério Público (MP) a que a SÁBADO teve acesso explica-se como Ripon Houssain, cidadão português nascido no Bangladesh, montou um esquema de pirâmide que ajudava cidadãos estrangeiros a obter vistos de residência em Portugal, fornecendo moradas falsas e angariando testemunhas que mentiam nos serviços da junta. Pelo menos 30 pessoas participaram no esquema, incluindo um funcionário da autarquia. 

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