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O Carnaval de Torres Vedras, que em 2023 comemora o seu centenário, insere-se nas tradições do Entrudo português, cujas raízes remontam às festas pagãs relacionadas com as festas de inverno e com os cultos de fertilidade e da abundância no início da primavera, incluídos pelo Cristianismo no calendário litúrgico.
O Carnaval de Torres Vedras é Património Cultural Imaterial Nacional, depois de a candidatura ter sido aprovada pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), disse hoje fonte oficial da DGPC à agência Lusa.
Carnaval de Torres VedrasDR
De acordo com a fonte da DGPC, o processo de inscrição do Carnaval de Torres Vedras no inventário do Património Cultural Imaterial Nacional está concluído, depois da candidatura apresentada em 2016, e vai ser remetido para publicação em Diário da República.
Em nota de imprensa, a Câmara de Torres Vedras informou também que, na sexta-feira, foi notificada pela DGPC de que "aprovou o pedido de registo do evento no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial".
Para a autarquia, o anúncio destaca a "importância de que se reveste esta manifestação do património cultural imaterial enquanto reflexo da identidade da comunidade envolvente e os processos sociais e culturais nos quais teve origem e se desenvolveu a manifestação do património cultural imaterial na contemporaneidade".
Em 2016, a Câmara de Torres Vedras, no distrito de Lisboa, entregou à DGPC o dossiê de candidatura do seu Carnaval a Património Nacional Imaterial, o primeiro passo para vir a ser reconhecido como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês).
São características do Carnaval de Torres Vedras o facto de dois homens locais desempenharem os papéis de Rei e Rainha, a existência de uma "dinastia" dos títulos dos reis, as 'matrafonas' (homens com roupas e acessórios habitualmente usados por mulheres) e as celebrações da chegada e entronização dos reis.
O Carnaval de Torres Vedras, que em 2023 comemora o seu centenário, insere-se nas tradições do Entrudo português, cujas raízes remontam às festas pagãs relacionadas com as festas de inverno e com os cultos de fertilidade e da abundância no início da primavera, incluídos pelo Cristianismo no calendário litúrgico.
As manifestações do Carnaval espontâneo em Torres Vedras, característica que persiste até hoje, remontam ao século XIX, mas foi em 1923 que uma elite local republicana e um grupo social comercial/industrial emergente iniciou os festejos organizados nas ruas.
Os primeiros reis, dois homens, e a comitiva régia, composta por ministros, embaixadores e ‘matrafonas’ surgiram em 1924.
Em 1941 e 1945, os festejos foram interrompidos com a 2ª Guerra Mundial, e em 1953, 1954 e 1956, no período do pós-guerra, mas foram revitalizados nas décadas de 60 e 70 do século passado, tendo aí aparecido as figuras dos Zés Pereiras, os carros alegóricos e o primeiro passeio trapalhão, que permaneceram até hoje.
Nas décadas de 80 e 90, o Carnaval ganhou dimensão graças à sua mediatização, tendo a organização passado para a câmara municipal e para uma comissão.
Em 1999, passou a ser erguido no centro da cidade um monumento alusivo ao Carnaval e, em 2000, a organização foi entregue à empresa municipal Promotorres.
Nos últimos anos, o evento passou a atrair meio milhão de visitantes nos cinco dias em que ocorre e gera receitas de cerca de 10 milhões de euros na economia local.
Em 2021 e 2022, não houve programa oficial devido à pandemia de covid-19, tendo sido cancelados os desfiles, mas, com o alívio das restrições, as ruas já foram este ano invadidas por centenas de mascarados espontâneos, mantendo a tradição que passa de geração em geração.
Carnaval de Torres Vedras é Património Cultural Nacional
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E essa gente está carregada de ódio, rancor e desejos de vingança, e não esquecem nem perdoam o medo e a humilhação que aqueles seus familiares (e, em alguns casos, eles próprios, apesar de serem, nessa altura, ainda muito jovens).
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