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Voto antecipado e em mobilidade não serão acessíveis a todos. Abstenção pode crescer nas Autárquicas?
Nem todos os eleitores poderão votar antecipadamente ou em mobilidade nas autárquicas, estando este direito reservado a pequenos grupos. À SÁBADO o politólogo Marco Lisi revela qual o impacto que estas restrições poderão ter nas eleições.
Este ano, ao contrário do que se tem verificado nas restantes autárquicas, os votos antecipados e em mobilidade estarão condicionados - o que significa que nem todos os eleitores vão poder recorrer aos mesmos. Nestas eleições, que acontecem a 12 de outubro, só poderá recorrer ao voto antecipado quem, por razões profissionais, se encontre deslocado do País - sendo que só poderão usufruir deste direito militares, bombeiros, etc. (consultar lista completa aqui). Já o voto em mobilidade será apenas aplicado a presos, estudantes e doentes internados.
Eleitores portugueses preparam-se para o voto antecipado
Mariline Alves
Restrições serão uma medida positiva?
Em Portugal, as restrições ao voto antecipado e em mobilidade começaram a ser implementadas de forma mais significativa durante a pandemia de COVID-19. Este cenário deixou até a questão se não poderia contribuir para uma maior taxa de abstenção, que este ano se fixou nos 41,75% nas legislativas. No entanto, Marco Lisi garante que em maio "estas alterações tiveram um efeito positivo". Em 2019, Portugal bateu um recorde histórico com a taxa de abstenção a chegar aos 51,43% e em 2022 este número ficou reduzido a 48,54%. Já em 2024 a taxa foi de 40,10%. Segundo o professor especialista em eleições, é normal que estas restrições se apliquem nas autárquicas, uma vez que se tratam de eleições muito complexas. "São muitas eleições ao mesmo tempo e as listas de candidatos são diferentes." Ainda assim, não deixa de considerar que o direito a estes regimes de voto poderia ser alargado a mais eleitores.
Boletins para eleições da Câmara Municipal e Assembleia de Freguesia de Lisboa
Miguel Baltazar/Jornal de Negócios
Como reduzir a taxa de abstenção?
Para Marco Lisi a questão do acesso ao voto antecipado e em mobilidade não é a chave para reduzir a taxa de abstenção. Em contrapartida, sugere alterações nos horários de abertura das urnas. "Podia haver um horário mais alargado. Isso ajudaria as pessoas a mobilizarem-se mais", defende. Em Portugal, as urnas costumam estar abertas entre as 8h e as 19h, totalizando 11 horas de votação. Porém, há países "onde o horário é alargado a dia e meio ou dois dias", recorda o politólogo. É o caso dos Estados Unidos, por exemplo, onde algumas urnas permanecem abertas até 21 horas.Artigos Relacionados
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