Vítor Escária constituído arguido por violação de segredo de Estado e acesso ilegítimo
O procurador-geral da República confirmou o interrogatório no DCIAP ao ex-chefe de gabinete de Costa.
Vítor Escária foi interrogado esta quinta-feira no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) de Lisboa no âmbito da inquérito extraído da Operação Influencer em que se investiga o alegado crime de violação do segredo de Estado. A confirmação foi dada por Amadeu Guerra, procurador-geral da República, em declarações aos jornalistas, esta quinta-feira. O antigo chefe de gabinete de António Costa foi constituído arguido por violação de segredo de Estado e acesso ilegítimo.
Segundo a CNN, Vítor Escária prestou declarações e disse que a pen estava no cofre desde o tempo do seu antecessor, Francisco André, que também deverá ser constituído arguido.
Como a SÁBADO noticiou, um dispositivo informático (uma pen) encontrado no gabinete de Vítor Escária contém dados pessoais de centenas de inspetores da Judiciária, quadros das Finanças e até agentes dos serviços de informações. A defesa do ex-chefe de gabinete garantiu desconhecer o conteúdo, mas o MP abriu uma nova investigação pelo crime de violação do segredo de Estado. Ao todo, o ficheiro contém nomes e outros elementos de mais de 400 elementos daquelas entidades, estando, no caso das "secretas", a identidade dos seus oficiais protegida pelo segredo de Estado.
João Cluny, advogado do ex-primeiro-ministro António Costa, garantiu que o seu cliente nunca foi confrontado com a existência da pen descoberta durante buscas à residência oficial do primeiro-ministro em novembro de 2023.
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