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Tancos: CDS, PSD e BE querem saber como e quando soube Costa da recuperação

08 de maio de 2019 às 21:08

A questão é colocada pelas três bancadas que endereçaram, no total, 65 perguntas ao primeiro-ministro, enviadas no âmbito da comissão parlamentar de inquérito a Tancos.

CDS, PSD e BE querem saber quando e como o primeiro-ministro, António Costa, teve conhecimento do memorando entregue pela PJ Militar sobre a recuperação do material furtado dos paióis nacionais de Tancos, em 2017.

A questão, formulada de várias formas, é colocada pelas três bancadas que endereçaram, no total, 65 perguntas a António Costa, enviadas no âmbito da comissão parlamentar de inquérito a Tancos, e às quais o chefe do Governo tem de responder no prazo de 10 dias após a receção.

O CDS, partido que propôs o inquérito, é o partido que mais perguntas apresenta, questionando as principais questões levantadas ao longo de meses de trabalhos da comissão, incluindo saber porque manteve a confiança em Azeredo Lopes, ministro da Defesa, de 2017 a 2018, ano em que se demitiu.

Os centristas querem também saber por que motivo Costa disse, em 26 de outubro de 2018, que não conhecia o memorando, feito por dois oficiais da Polícia Judiciária Militar (PJM), quando o seu chefe de gabinete afirmou que lho entregara a 12 de outubro, dia em que Azeredo Lopes se demitiu.

O PSD é o único a perguntar quais "as consequências políticas" que retira do caso, se o Estado "falhou na avaliação inicial" e se teve uma "atitude de desvalorização e desresponsabilização", que "permitiu todo o avolumar do caso Tancos".

O BE foi o que apresentou menos questões, apenas duas, para perguntar quando "teve o primeiro-ministro conhecimento de algum memorando", em que mencionava um informador da PJ Militar para "a recuperação do material" e quem lhe transmitiu essa informação ou documento.

O furto de material de guerra foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017. Quatro meses depois, a PJM revelou o aparecimento do material furtado, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, em colaboração de elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.

Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

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