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Santos Silva diz que demissão “enobrece Azeredo”

13 de outubro de 2018 às 14:51

O Ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que a demissão do Ministro da Defesa Nacional "enobrece" o próprio e recusou adiantar mais comentários sobre a solução futura para aquela pasta governamental.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou este sábado que a demissão do Ministro da Defesa Nacional "enobrece" o próprio e recusou adiantar mais comentários sobre a solução futura para aquela pasta governamental, remetendo decisões para o primeiro-ministro.

"Só tenho a dizer que é um gesto que enobrece o professor Azeredo Lopes que, na minha opinião, foi um bom ministro da Defesa e, além de mais, é um amigo e colega de há muitos anos", afirmou Augusto Santos Silva, à margem de um ciclo de conferências, organizado pelo PS, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Inquirido sobre se poderia vir a juntar a Defesa, posto ministerial que já desempenhou, aos Negócios Estrangeiros, Santos Silva rejeitou "fazer mais comentários sobre o assunto".

"Como sabe, a composição do Governo é uma decisão do primeiro-ministro, que faz as propostas que entende ao Presidente da República. Não tenho nada a dizer sobre o assunto. É uma competência do primeiro-ministro. Tem de perguntar ao primeiro-ministro", disse.

Colocado perante a hipótese de o presidente do PS e líder parlamentar socialista, Carlos César, vir a ocupar a vaga de Azeredo Lopes, o membro do Governo repetiu: "também não tenho nenhum comentário a fazer sobre isso".

O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, demitiu-se na sexta-feira para evitar que as Forças Armadas (FA) sejam "desgastadas pelo ataque político" e pelas "acusações" de que disse estar a ser alvo.

"Não podia, e digo-o de forma sentida, deixar que, no que de mim dependesse, as mesmas FA fossem desgastadas pelo ataque político ao ministro que as tutela", referiu Azeredo Lopes, na carta enviada ao primeiro-ministro e a que a agência Lusa teve acesso.

O ministro cessante voltou a negar que tenha tido conhecimento, "directo ou indirecto, sobre uma operação em que o encobrimento se terá destinado a proteger o, ou um dos, autores do furto".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou a exoneração de Azeredo Lopes e aguarda a proposta de um sucessor no cargo por parte do primeiro-ministro, António Costa.

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