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Rating de Portugal pode subir em 2017 diz o presidente do BCP

22 de maio de 2017 às 15:19

Nuno Amado admite a revisão do rating caso a dívida começa a descer e o PIB continue a crescer a um nível elevado

O presidente do Millenium BCP, Nuno Amado, admitiu melhoria noratingdo país ainda este ano se a dívida começar a descer e o PIB continuar a crescer a um ritmo elevado.

"Se este ano o produto [PIB] continuar a crescer a um nível mais elevado do que a perspectiva das entidades internacionais, e a probabilidade é grande que isso aconteça, e em simultâneo, haja o início de uma redução clara do sentido (...) da dívida publica, eu creio que (...) seria possível fazer este ano [a melhoria da avaliação]", disse.

Depois de anunciada a recomendação da Comissão Europeia para a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), Nuno Amado indicou que este é "um dia bom para todos", mas que se deve pensar no futuro e garantir uma "rede de segurança adequada para o país, para os bancos, para a economia, para as empresas".

Na opinião do presidente do BCP devemos continuar "a trabalhar em conjunto para uma melhoria sustentável do produto e uma redução da dívida para que as entidades de rating alterem a avaliação", argumentou o banqueiro, em declarações aos jornalistas.

No final da conferência "Crescimento da Economia Portuguesa: Mitos e Realidades", organizada pelo Millennium BCP, Nuno Amado referiu que "sem ser uma empresa derating, mas dialogando com elas" nota que se apenas uma das condições [crescimento ou diminuição da dívida] se efectivar, "não será fácil" a mudança de rating.

Escusando-se a comentar política, o líder do BCP argumentou caber à "parte política orientar os investimentos públicos, que têm de ser muito inferiores aos do passado para as áreas com maior eficiência para a economia".

"E não podemos aumentar a despesa pública novamente depois deste esforço enorme para a diminuir, para não haver depois uma carga no sector privado, e haver condições que não são concorrenciais", disse.

Nuno Amado notou que o mais importante é que no futuro as políticas públicas possibilitem ao setor privado "investir, progredir e criar emprego".

Para o banqueiro, o país deve contar com um sector privado, "competente, em concorrência, diversificado, como o sector financeiro, para apoiar a economia".

A canadiana DBRS é a única, entre as quatro principais agência derating, a não considerar Portugal como 'lixo'.

A Comissão Europeia recomendou hoje ao Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) o encerramento do PDE aplicado a Portugal desde 2009.

Bruxelas defendeu que Portugal deve garantir que a correção do défice excessivo é duradoura e que "serão necessárias mais medidas a partir de 2017" para cumprir as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).

Portugal terá, assim, de "prosseguir o seu esforço orçamental em linha com as exigências do braço preventivo do PEC, o que implica um esforço orçamental substancial em 2018", acrescentou o executivo comunitário

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