O braço de ferro durou anos. Houve pressões, jogos de bastidores e muito dinheiro envolvido. Os milhões de Angola colocados na banca nunca tiveram uma origem bem definida: eram do Estado e de figuras poderosas do regime liderado por José Eduardo dos Santos. Estas são as histórias dos esquemas cruzados, offshores, lavagem de dinheiro e relações perigosas.
A Comissão Executiva do Millennium BCP auferiu em 2018 um total de 10,268 milhões de euros, sendo que perto de metade desse valor foi recebido por conta de complementos de reforma, tal como tinha sido aprovado na assembleia geral do ano passado.
O regulador da banca europeia assinala um crescimento no número de banqueiros que ganham mais de um milhão na União Europeia. Em Portugal, o total manteve-se nos oito.
A Fidelidade investiu 25 milhões de euros em obrigações perpétuas do BCP, além de mais 1,5 milhões noutros títulos de dívida do banco. Nuno Amado também investiu 400 mil euros na operação que decorreu esta quinta-feira.
Conceição Lucas já teve autorização para ficar à frente da administração do Banco Atlântico Europa. O empresário angolano Carlos Silva fica como accionista e anuncia uma iniciativa para África e América Latina.
"Fui administrador da PT sim, coisa de que me arrependo. Não há nada na minha vida profissional de que eu mais me arrependa", refere Jorge Bleck.
Dulce Mota, que está no grupo BCP desde 1996 e que assegurou a presidência executiva do ActivoBank no último ano, vai para a administração do Banco Montepio. O processo já está no Banco de Portugal.
O accionista espanhol Santander vai decidir a 13 de Dezembro a nova equipa de administração do Santander Totta. Vieira Monteiro passa a "chairman" e Pedro Castro e Almeida assume a liderança executiva.
Como habitualmente, é um gestor Santander que deverá assumir a presidência executiva do Totta. O escolhido é Pedro Castro e Almeida.
A bolsa nacional abriu a sessão a negociar em terreno positivo, apoiada sobretudo pelo BCP que avança acima de 1%. A travar uma subida mais acentuada do PSI-20 está a Jerónimo Martins que recua mais de 1,5%.
O presidente do BCP, Miguel Maya, garantiu à Febase "que vai iniciar a compensação aos trabalhadores, embora não esteja ainda decidida a forma de fazê-lo". Este compromisso é reforçado numa altura em que o banco abre a porta à distribuição de dividendos e à compensação dos trabalhadores na assembleia-geral desta segunda-feira.
A bolsa nacional sente o negativismo vivido nos mercados internacionais - dos EUA à Ásia, passando pela Europa. Por cá, a quinta sessão consecutiva de perdas atira o PSI-20 para um mínimo de Abril de 2017.
O BCP está a preparar um caminho: para voltar a pagar dividendos aos accionistas e também para poder compensar os trabalhadores. Contudo, ainda falta autorização do BCE. E pelo menos mais uma assembleia-geral. E ainda não há certezas de que aconteça já no próximo ano.
Sem plano de reestruturação, e com a ajuda estatal no passado, regressa uma possibilidade à vida do BCP: uma oferta pública de aquisição hostil. O banco liderado por Miguel Maya vê esta hipótese "à luz da actual tendência de consolidação no sector bancário europeu".
O principal índice bolsista nacional transaccionou no vermelho pela segunda sessão, sobretudo penalizado pelas perdas do BCP, que recuou perto de 2,5%, e do sector energético, com a EDP a resvalar quase 2%.
